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Conflito na Ucrânia já deixou mais de 4.000 mortos, diz ONU

No boletim anterior, divulgado em 21 de outubro, a ONU citava 3.724 pessoas, incluindo as 298 mortas na queda de um avião da Malaysia Airlines


	Chinelo ensanguentado após bombardeio: mais de 930 mil fugiram de suas casas em Donetsk e Lugansk
 (REUTERS/Maxim Shemetov)

Chinelo ensanguentado após bombardeio: mais de 930 mil fugiram de suas casas em Donetsk e Lugansk (REUTERS/Maxim Shemetov)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 18h16.

O conflito entre Kiev e os rebeldes pró-Moscou do leste da Ucrânia causou a morte de 4.035 pessoas em mais de seis meses e, dessas, 300 perderam a vida nos últimos dez dias - anunciou a ONU.

No boletim anterior, divulgado em 21 de outubro, a ONU citava 3.724 pessoas, incluindo as 298 mortas na queda de um avião da Malaysia Airlines atingido por um foguete em uma zona controlada por separatistas pró-russos.

Mais de 930 mil pessoas fugiram de suas casas nas regiões de Donetsk e Lugansk.

Cerca de 442 mil estão deslocadas dentro da Ucrânia, e mais de 488 mil se refugiaram em países vizinhos, principalmente a Rússia - acrescentou a ONU em um informe.

O fim das hostilidades acertado entre Kiev e os insurgentes de Donetsk e Lugansk, em 5 de setembro, conseguiu reduzir a violência, mas não foi suficiente para contê-la.

Com a frágil trégua ainda de pé, os separatistas pró-Moscou farão suas próprias eleições, neste domingo, nos territórios controlados por eles no leste da Ucrânia.

Kiev e os países ocidentais se opõem a essas eleições, enquanto a Rússia já anunciou que vai reconhecer os resultados das urnas.

Em seu relatório, a ONU estima que essas eleições "representam um freio nas negociações de paz e terão um impacto negativo na situação humanitária nas zonas afetadas pelo conflito".

A organização também critica a decisão "unilateral" da Rússia de enviar um novo comboio humanitário, alegando que isso poderá "exacerbar a situação no leste da Ucrânia, que é perigosa".

O envio de ajuda humanitária russa é uma fonte de tensão extra entre Kiev e Moscou desde o envio do primeiro comboio, em agosto. Para a Ucrânia, tratou-se de uma "intervenção" da Rússia no conflito.

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