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Conflito armado na Colômbia foi interrompido, diz relatório

Sem o registro de ações violentas entre Farc e agentes de segurança, entidade afirma que o conflito armado no país foi "totalmente interrompido"


	Farc: os últimos seis meses - entre 20 de julho de 2015 e 20 de janeiro de 2016 - foram o de "menor intensidade do conflito em seus 51 anos de história", diz relatório
 (Luis Robayo/AFP)

Farc: os últimos seis meses - entre 20 de julho de 2015 e 20 de janeiro de 2016 - foram o de "menor intensidade do conflito em seus 51 anos de história", diz relatório (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 19h01.

Bogotá - Sem o registro de ações violentas entre Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e agentes de segurança nos últimos 55 dias, o Centro de Recursos para a Análise de Conflitos (Cerac) afirmou nesta quarta-feira, em um relatório, que o conflito armado no país foi "totalmente interrompido".

"Esse é o maior número consecutivo de dias sem ações violentas da guerrilha desde que o grupo armado iniciou no último dia 20 de julho seu cessar-fogo unilateral. São os menores níveis de violência praticados pelas Farc em 40 anos", disseram os analistas do Celac no documento, que também foi destacado pela presidência da Colômbia.

Além disso, os últimos seis meses - entre 20 de julho de 2015 e 20 de janeiro de 2016 - foram o de "menor intensidade do conflito em seus 51 anos de história, tanto em número de vítimas, combatentes mortos, feridos e ações do conflito", indicou o Celac.

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou ontem que ambas as partes deram o "passo mais concreto" em direção à paz ao concordarem com um mecanismo de verificação de uma trégua bilateral, composto por observadores escolhidos pelo governo, pela guerrilha e por uma missão internacional da ONU.

O pedido formal foi enviado ontem mesmo por Santos, e a ONU já afirmou hoje que está disposta a apoiar o acordo.

Os negociadores do governo colombiano mantêm o dia 23 de março como a data para assinatura final do pacto de paz após mais de três anos de diálogo, algo que os guerrilheiros veem com ceticismo.

Para encerrar o conflito armado, as partes devem concordar com os últimos cinco pontos da agenda de negociações, que inclui o desarmamento e a desmobilização de guerrilheiros, além do cessar-fogo bilateral e definitivo. 

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