Mundo

Confira os principais ataques contra a imprensa no mundo

O ataque que deixou cinco mortos na redação do jornal "The Capital" no estado de Maryland, retomou a discussão sobre ataques a veículos de comunicação

Em janeiro de 2015, os irmãos Chérif, de 32 anos, e Said Kouachi, de 34, entraram na sede do semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris, e mataram 12 pessoas (Francois Lenoir/Reuters/Reuters)

Em janeiro de 2015, os irmãos Chérif, de 32 anos, e Said Kouachi, de 34, entraram na sede do semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris, e mataram 12 pessoas (Francois Lenoir/Reuters/Reuters)

A

AFP

Publicado em 29 de junho de 2018 às 14h11.

Assassinatos de jornalistas são frequentes no mundo, mas ataques letais em redações - como o que deixou cinco mortos nesta quinta-feira em Annapolis, EUA - são pouco comuns.

O tiroteio de quinta-feira (28) aconteceu três anos depois de um homem matar a tiros a jornalista americana Alison Parker, de 24 anos, e seu cinegrafista Adam Ward, enquanto faziam uma reportagem para um canal de televisão local no estado da Virgínia.

Reveja abaixo alguns dos ataques cometidos contra sedes de veículos de comunicação nos últimos anos:

Shamshad TV, Afeganistão

Homens disfarçados de policiais invadiram as instalações de Shamshad TV, em Cabul, com armas automáticas e granadas em novembro de 2017, matando pelo menos uma pessoa e deixando dezenas de feridos, antes de serem abatidos pelas forças de segurança.

O canal de televisão retomou suas emissões logo depois do final do ataque e indicou que um dos assaltantes detonou os explosivos que levava com ele, logo na entrada do edifício, enquanto o outro abria fogo contra os repórteres.

O grupo Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria desse ataque em um país, onde os jornalistas são cada vez mais um alvo para as organizações extremistas.

O EI também assumiu a responsabilidade de um duplo atentado suicida em abril de 2018, no qual 25 pessoas morreram, entre elas nove jornalistas. Entre eles, estava o chefe da Fotografia da AFP em Cabul, Shah Marai.

2015: Charlie Hebdo

Em 7 de janeiro de 2015, os irmãos Chérif, de 32 anos, e Said Kouachi, de 34, entraram na sede do semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris, e mataram 12 pessoas.

Entre os mortos, estavam os cartunistas Wolinski, Cabu, Charb e Tignous, assim como dois policiais. Onze pessoas ficaram feridas no ataque.

Depois de dois dias foragidos, ambos os agressores, que disseram pertencer à Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA), foram mortos pela Polícia, no subúrbio de Paris.

Em novembro de 2011, depois da publicação de charges de Maomé, a redação do Charlie Hebdo foi alvo de um incêndio criminoso, mas não houve vítimas.

2012: duplo atentado na Nigéria

Em 27 de abril de 2012, na Nigéria, dois atentados a bomba na capital, Abuja, e na cidade de Kaduna (norte), foram os primeiros ataques contra redações de jornal no país.

Em Abuja, um atentado suicida foi cometido contra o prédio onde ficam a redação e a gráfica do jornal nacional privado ThisDay, um dos mais influentes do país. Quatro pessoas morreram, além do agressor.

Em Kaduna, uma das grandes cidades do norte de maioria muçulmana, uma bomba explodiu na frente do prédio, endereço das redações de vários jornais, entre eles o ThisDay. Quatro pessoas morreram, e o autor do atentado foi condenado à prisão perpétua um ano depois.

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoEstados Unidos (EUA)FrançaJornaisMortesNigéria

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia