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Confira cinco pontos sobre o ano eleitoral no Uruguai

Processo eleitoral no Uruguai terá início no dia 30 de junho com as eleições internas nos partidos

Eleitores fazem fila em uma seção eleitoral em Montevidéu durante as eleições gerais do Uruguai (Alina Dieste/AFP Photo)

Eleitores fazem fila em uma seção eleitoral em Montevidéu durante as eleições gerais do Uruguai (Alina Dieste/AFP Photo)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 15h54.

O Uruguai decidirá este ano quem sucederá o presidente de centro-direita Luis Lacalle Pou nas eleições presidenciais e legislativas para o período 2025-2030.

Aqui estão cinco pontos sobre este ano eleitoral:

O calendário

O processo eleitoral no Uruguai terá início no dia 30 de junho com as eleições internas nos partidos, com voto voluntário e das quais surgirão os candidatos para a disputa à cadeira presidencial.

No dia 27 de outubro serão eleitos o presidente e o vice-presidente, além das 30 cadeiras no Senado e 99 na Câmara dos Deputados. Se nenhuma chapa presidencial obtiver mais de 50% dos votos expressos, haverá segundo turno em 24 de novembro. Em ambos os casos o voto é secreto e obrigatório para os uruguaios maiores de 18 anos.

O que está em jogo

Em 2020, a vitória de Lacalle Pou pôs fim a 15 anos de governo da Frente Ampla (FA), formada por partidos de esquerda moderados e radicais, e instalou no poder a chamada Coalizão Multicolor (CM), liderada pelo presidente e formada pelos partidos fundadores Nacional e Colorado e grupos de centro e de direita.

Os uruguaios agora precisam definir se o governo nacional permanece nas mãos da direita ou se para volta para a esquerda.

Os pré-candidatos

No Uruguai, onde não há voto consular e o presidente não pode ser reeleito imediatamente, mais de dez líderes aspiram à candidatura presidencial de seus partidos, embora este número possa aumentar até 30 de maio, quando expira o prazo da apresentação das candidaturas.

A Frente Ampla lançou sua campanha eleitoral no domingo em evento conjunto. Segundo as pesquisas, a disputa interna será resolvida entre os chefes de governo dos departamentos mais populosos do país: os prefeitos Yamandú Orsi, de Canelones, e Carolina Cosse, de Montevidéu. Orsi é o herdeiro do legado do ex-presidente e ex-guerrilheiro José Mujica, enquanto Cosse é apoiada, entre outros, por comunistas e socialistas.

No Partido Nacional (PN), o favorito é o ex-chefe de gabinete de Lacalle Pou, Álvaro Delgado, seguido pela economista Laura Raffo, que iniciou sua carreira política há quatro anos como candidata pela Coalizão Multicolor à prefeitura de Montevidéu.

As eleições internas no Partido Colorado (PC) parecem mais incertas. Entre os adversários estão o ex-presidente da administração pública de educação Robert Silva, o ministro do Turismo Tabaré Viera, o deputado e ex-promotor Gustavo Zubía e o ex-presidente da empresa estatal de telecomunicações Gabriel Gurméndez.

Vantagem para a Frente Ampla

Segundo as pesquisas, a Frente Ampla lidera há meses as intenções de voto ante a soma de todos os integrantes da Coalizão Multicolor, que além dos partidos Nacional e Colorado inclui os partidos Independiente y de la Gente, e o Cabildo Abierto.

A última pesquisa da Consulting Teams, publicada em dezembro, estima 45% à FA e 38% ao CM (liderado pelo PN de Lacalle Pou, com 29%), enquanto 12% declaram-se indecisos e 3% votariam em branco ou nulo. A diferença entre os dois blocos aumentou dois pontos a favor da FA em relação ao levantamento anterior.

Uma pesquisa da Cifra Consultora em novembro indicava que "se as eleições fossem hoje", 44% votariam na FA, contra 41% que indicaram que elegeriam o CM ou um partido que o inclua (com o PN na liderança com 31%); 15% eram indecisos ou votavam em branco.

Quando questionados sobre "Quem você prefere que seja presidente no próximo mandato?", os mais citados foram Orsi (20%) e Delgado (12%), seguidos de Cosse (9%) e Raffo (4%).

Os principais temas

A insegurança, o desemprego e a economia são os principais problemas do país para os uruguaios, segundo pesquisa da Equipos Consultores publicada em 1º de fevereiro, que indica que a preocupação com essas questões se manteve estável durante o último ano.

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