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Confira as principais reações internacionais à renúncia de Theresa May

Autoridades falaram sobre a renúncia da primeira-ministra britânica Theresa May, que anunciou que deixará o cargo nesta sexta-feira (24)

Brexit: Conselho Europeu informou que nada vai mudar sobre sua posição sobre o acordo de saída (Toby Melville/Reuters)

Brexit: Conselho Europeu informou que nada vai mudar sobre sua posição sobre o acordo de saída (Toby Melville/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de maio de 2019 às 10h24.

Última atualização em 24 de maio de 2019 às 15h45.

Seguem abaixo as principais reações internacionais à renúncia da primeira-ministra britânica, Theresa May, derrubada pelo infindável quebra-cabeça do Brexit, que não conseguiu implementar.

Comissão Europeia : "Nada" muda para nós

"Vamos respeitar o novo primeiro-ministro (britânico), mas nada vai mudar sobre a posição tomada pelo Conselho Europeu para o acordo de saída" do Reino Unido da União Europeia, de acordo com a Comissão Europeia.

Espanha: Um Brexit duro "quase impossível" de parar

É "quase impossível" parar um Brexit duro depois da renúncia de Theresa May, segundo considerou a porta-voz do Governo da Espanha, Isabel Celaá.

"May desistiu porque comprovou que o acordo pactuado negociado por seu governo com a União Europeia não tem nenhuma possibilidade de ser aprovado pelo Parlamento britânico", explicou Celaá.

De acordo com a porta-voz, isto "é decisão e responsabilidade exclusiva do Reino Unido, mas antecipa um período de dificuldades", disse a porta-voz.

Após insistir que o governo e o parlamento britânicos são "os únicos responsáveis por uma saída não pactuada e por suas consequências", a porta-voz antecipou que, com esta decisão de May, é previsível "um novo líder conservador duro, um brexit duro e tempos duros".

França: Necessidade de "esclarecimentos rápidos" sobre o Brexit

O presidente francês Emmanuel Macron elogiou o "trabalho corajoso" de May e pediu "esclarecimentos rápidos" sobre o Brexit.

Macron considerou que a renúncia da primeira-ministra britânica "deve fazer lembrar, em um momento de escolha importante, que os votos de rejeição sem projeto alternativo levam a um impasse", referindo-se às eleições europeias e ao Brexit.

Alemanha: Uma decisão a "respeitar"

A chanceler alemã Angela Merkel disse "respeitar" a decisão de sua colega britânica.

"De maneira geral, (a chanceler) quer que o governo alemão cuide de sua estreita cooperação com o governo britânico (...) e continuará assim", explicou uma porta-voz de Merkel, recusando-se a pronunciar-se sobre as consequências da renúncia sobre o Brexit.

Bélgica: "Brexit ordenado" continua sendo a melhor opção

O primeiro-ministro interino da Bélgica, Charles Michel, declarou que um "Brexit ordenado" continua sendo a melhor opção para este país e para a União Europeia (UE).

"Uma saída ordenada continua sendo a melhor maneira de salvaguardar o interesse de nossa gente e das nossas economias. Sigamos por esse caminho!", disse Michel em mensagem divulgada no Twitter, acompanhada de uma foto com May em Londres.

O chefe do Governo belga, interino, agradeceu a "determinação e cooperação" da premiê britânica durante o tempo em que conduziu as negociações de separação entre Londres e Bruxelas.

"Apesar das nossas diferenças, Theresa May mostrou uma mentalidade aberta para resolver o brexit para o Reino Unido e a UE", ressaltou Michel.

Rússia: Relações "muito complicadas"

O Kremlin descreveu o mandato de Theresa May como "um período muito complicado" para as relações entre o Reino Unido e a Rússia, dizendo "acompanhar com atenção" a situação após o anúncio de sua renúncia.

"Infelizmente, não me lembro de nenhuma contribuição para o desenvolvimento das relações bilaterais entre a Rússia e a Grã-Bretanha", reagiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

EUA: Trump diz que se sente mal por May

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira que se sente mal pela primeira-ministra britânica, Theresa May, que anunciou sua renúncia hoje pressionada por ministros e deputados do Partido Conservador.

"Me sinto mal por ela. Trabalhou muito duro, é muito forte e gosta muito dela. Eu a verei em duas semanas", disse Trump aos jornalistas na Casa Branca antes de partir rumo ao Japão, onde deve realizar uma visita de Estado.

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