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Confiança dos consumidores dos EUA cai a ponto mais baixo desde 1980

Segundo a Universidade de Michigan, o motivo para a queda são as preocupações sobre a recuperação econômica do país

As altas taxas de desemprego e o longo debate no Congresso dos EUA para elevar o teto de endividamento do país derrubaram a confiança dos americanos (AFP)

As altas taxas de desemprego e o longo debate no Congresso dos EUA para elevar o teto de endividamento do país derrubaram a confiança dos americanos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 13h13.

Nova York - A confiança dos consumidores na evolução da economia dos Estados Unidos e de sua situação financeira pessoal desabou em agosto até seu ponto mais baixo registrado desde maio de 1980, devido às preocupações sobre a recuperação econômica do país, informou nesta sexta-feira a Universidade de Michigan.

Segundo dados ainda provisórios relativos a este mês, o índice que elabora essa instituição a partir de enquetes retrocedeu em agosto até 54,9 pontos, muito abaixo dos 63,7 registrados em julho e também longe das expectativas dos analistas, que calculavam que esse indicador chegaria este mês até 63 pontos.

Os números preliminares deste mês supõem os mais baixos em mais de 30 anos, o que responde a um conjunto de fatores como as altas taxas de desemprego, o longo debate no Congresso dos EUA para elevar o teto de endividamento do país e o rebaixamento da qualificação da dívida americana por parte da agência Standard & Poor's, segundo essa instituição.

"Nunca antes na história destas enquetes tantos consumidores tinham mencionado espontaneamente os aspectos negativos do papel do Governo na economia", conclui o diretor da pesquisa, Richard Curtin.

Já em julho, este índice tinha retrocedido significativamente, desde os 71,5 pontos de junho até os 63,7, o que supôs então seu nível mais baixo desde março de 2009 e que respondeu em grande medida à falta de acordo entre republicanos e democratas para aumentar o limite de empréstimo do país, que finalmente aprovaram na última hora na semana passada.

Neste mês, essas preocupações foram agravadas pelo rebaixamento da qualificação da dívida soberana dos EUA, que se somou a outros fatores estruturais para deixar a confiança dos consumidores em níveis que não eram registrados em mais de 30 anos.

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