Mundo

Confiança do consumidor dos EUA tem máxima em 3 anos

Apesar dos resultados acima do esperado pelos analistas, queda do preço das moradias e medo da inflação mostram que recuperação ainda deve demorar

Desempregados fazem fila em um posto de empregos (Robyn Beck/AFP)

Desempregados fazem fila em um posto de empregos (Robyn Beck/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2011 às 14h46.

Nova York - A confiança do consumidor norte-americano alcançou em fevereiro o maior nível em três anos, mas a queda pelo sexto mês seguido dos preços de moradias sugere que a economia dos Estados Unidos ainda enfrenta desafios consideráveis.

O Conference Board informou que o índice de confiança subiu para 70,4 em fevereiro, ante a leitura revisada de 64,8 no mês anterior, com os consumidores sentindo-se mais otimistas sobre a economia e as perspectivas de renda. É o melhor resultado desde fevereiro de 2008, acima das expectativas de 65,0.

A medida de expectativas subiu de 87,3 para 95,1, o maior nível desde dezembro de 2006, enquanto a medida da situação atual avançou de 31,1 para 33,4. A avaliação dos consumidores sobre o mercado de trabalho melhorou modestamente, mas a opinião sobre as condições de trabalho em geral foi mista.

Os preços do petróleo atingiram a máxima em dois anos e meio com a instabilidade política no norte da África e no Oriente Médio, destacando um possível revés para os consumidores se a escalada das commodities continuar.

De fato, o relatório do Conference Board mostrou que a expectativa de inflação dos consumidores para os próximos 12 meses é a mais alta desde junho de 2009, subindo de 5,5 para 5,6 por cento.

Outros números mostraram que os preços de moradias nos EUA caíram em dezembro, aproximando-se da mínima vista em 2009.

O índice composto S&P/Case Shiller de preços de casas em 20 áreas metropolitanas caiu 0,4 por cento em dezembro sobre o mês anterior, com ajuste sazonal. O número ficou de acordo com as expectativas de analistas.

Durante o quarto trimestre, os preços de moradias declinaram 3,9 por cento em relação ao trimestre anterior e 4,1 por cento sobre o quarto trimestre de 2009.

Embora o índice composto tenha ficado acima da mínima de 2009, 11 cidades viram os menores preços desde 2006 e 2007.

Sem ajuste sazonal, os preços de moradias caíram 1 por cento no mês, deixando-os apenas 2,3 por cento acima da mínima de abril, segundo a S&P.

Acompanhe tudo sobre:ConfiançaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoEstados Unidos (EUA)Nível de confiançaPaíses ricos

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia