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Conferência na China traz expectativa de menor produção de aço

Cortes na indústria chinesa para cumprir as metas de eficiência energética tem feito o preço do produto subir para as entregas de outubro

Trabalhador chinês descarrega aço em caminhão para a exportação (Getty Images/Getty Images)

Trabalhador chinês descarrega aço em caminhão para a exportação (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2010 às 08h28.

Cingapura - Cortes de produção de aço pela China que afetaram a demanda e preços do minério de ferro estarão na pauta de uma conferência global do setor na cidade portuária de Dalian esta semana.

A expectativa é de que a China em breve remova cortes de produção, gerados pela corrida do país para cumprir metas de eficiência de energia de cinco anos que se encerram no fim de 2010, permitindo que o setor siderúrgico do país continue produzindo em ritmo recorde.

A redução na produção fez siderúrgicas chinesas como a líder Baoshan Iron & Steel aumentar preços para produtos com entrega em outubro, aproveitando-se das medidas do governo para tirar do mercado rivais menores, consideradas como pouco eficientes.

Analistas esperam que a produção de aço da China caia em até 10 milhões de toneladas por causa dos cortes de energia que reduziram a demanda por minério de ferro em 8 a 16 milhões de toneladas no próximo mês ou no seguinte.

Até quando a China vai manter os cortes de produção é "a grande pergunta do momento", disse Danny Thompson, da Freight Investor Services.


"No geral, as pessoas com as quais tenho conversado afirmam que estão esperando que o interesse por compra de minério de ferro cresça, talvez, na segunda semana de outubro (...) mas eu creio que os traders estão mantendo a cautela por agora", afrma Thompson.

Pouco antes da China entrar em um feriado de três dias na semana passada, a mídia local publicou que Pequim pode impor um imposto sobre o setor imobiliário no início do próximo ano, o que poderia, de novo, afetar a demanda por aço. Apesar disso, analistas expressaram ceticismo sobre uma eventual medida semelhante.

A China se comprometeu em cortar a intensidade de energia --a quantidade de combustível usado para gerar cada unidade do Produto Interno Bruto-- em 20 por cento em cinco anos a partir de 2005, mas o indicador subiu 0,09 por cento no primeiro semestre de 2010 depois de cair 15,61 por cento nos últimos quatro anos.

Enquanto isso, têm havido rumores no mercado de que as mineradoras estão buscando definir os preços do minério de ferro em termos mensais para deixar a commodity em consonância com os preços do mercado à vista.

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