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Concentração de CO2 nunca foi tão alta, diz estudo

Por AE São Paulo - Apesar de todos os esforços mundiais e discursos inflamados de líderes, nunca a concentração de gases de efeito estufa foi tão alta como agora. Desde 1997, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto - um acordo mundial para baixar as emissões - o aumento foi de 6,5%. Os dados divulgados […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h31.

Por AE

São Paulo - Apesar de todos os esforços mundiais e discursos inflamados de líderes, nunca a concentração de gases de efeito estufa foi tão alta como agora. Desde 1997, quando foi assinado o Protocolo de Kyoto - um acordo mundial para baixar as emissões - o aumento foi de 6,5%. Os dados divulgados ontem pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM), ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), mostram ainda que os números são os maiores desde a era pré-industrial, em 1750. Em menos de 300 anos, a concentração de CO2 na atmosfera - que causa o efeito estufa e leva à elevação da temperatura mundial - aumentou em 38%.

O dano é considerado tão grave que, mesmo que o mundo interrompesse todas as emissões de CO2 hoje, em cem anos haveria ainda uma concentração de gases de efeito estufa 30% superior à de 1750. A entidade estrategicamente divulgou sua avaliação às vésperas da cúpula mundial do clima, que será realizada pela ONU, no mês que vem, em Copenhague. E pede que haja um acordo ambicioso até o fim do ano sobre emissões de CO2.

"O aumento é exponencial", afirmou Michel Jarraud, secretário-geral da OMM. Segundo ele, 2008 terminou com 385,2 ppm (partes por milhão) de CO2 na atmosfera, com previsão de chegar a 390 ppm no meio do ano que vem. "No último milhão de anos, nunca vimos chegar a 390 ppm", afirmou o físico John Barnes, diretor do Observatório Mauna Loa, no Havaí. Jarraud disse que o Protocolo de Kyoto "não foi suficiente" para impedir um aumento de emissões e da concentração dos gases. "Mas sem Kyoto, sabemos que a situação seria ainda pior."

Os maiores responsáveis pelas emissões são as atividades humanas, como nos setores fósseis e agricultura, mostrou o estudo. Jarraud afirmou que a preservação de florestas, como a Amazônica, será também fundamental e que o desmatamento na última década colaborou para o aumento da concentração de CO2. "Se queremos controlar a concentração de CO2, a floresta tropical será fundamental. O desmatamento gera emissões e, preservada, a floresta consome o CO2 que estaria na atmosfera." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

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