O presidente americano, Barack Obama, ao lado das filhas Sasha (E) e Malia: "eu tenho que confessar que minhas filhas geralmente exercem impacto em mim" (Gary Cameron/Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2016 às 22h31.
O presidente dos EUA, Barack Obama, contou neste final de semana que suas filhas, Sasha e Malia, tiveram um papel fundamental na sua mudança de visão - e de opinião - sobre o casamento gay.
"Eu tenho que confessar que minhas filhas geralmente exercem impacto em mim", contou ele a 500 líderes que se reuniram em Londres, durante a visita do mandatário ao Reino Unido.
Inicialmente, o presidente dos EUA pensou que apenas as uniões civis entre casais do mesmo sexo seriam suficientes. De acordo com ele, não era necessário "rotular" a união entre pessoas do mesmo sexo como casamento, afinal de contas, os direitos conquistados por casais homossexuais e heterossexuais seriam os mesmos.
Foi com a ajuda das duas filhas adolescentes e de ativistas LGBT que Obama conseguiu entender porque o casamento gay era tão importante, segundo o site Pink News.
"Pessoas que eu amo e que estavam em relações homossexuais e monogâmicas me explicaram o que eu deveria ter entendido antes", contou.
"Não é apenas uma questão de direitos legais, mas de sentimento e estigma. Se você se refere a algo de um jeito diferente, significa que, de alguma forma, seu significado é menor aos olhos da sociedade."
Obama descreveu ainda o movimento de casamentos igualitários como "o mais rápido conjunto de mudanças em termos de um movimento social que já vi", e também elogiou ativistas que argumentaram com aqueles que, inicialmente, não concordavam com o casamento gay.
Segundo o Huffington Post Obama também falou com os participantes do encontro sobre igualdade. Recentemente, o Reino Unido emitiu um alerta de viagem para a comunidade LGBT que tenha como destino os estados americanos da Carolina do Norte e do Mississippi, que aprovaram leis discriminatórias.