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Como começou a crise na Ucrânia

Veja a cronologia dos principais eventos desde o início da crise ucraniana, em 18 de fevereiro


	Ucranianos na Praça da Independência em Kiev: em Donetsk (leste da Ucrânia) a polícia retoma o controle de sede do governo regional
 (Baz Ratner/Reuters)

Ucranianos na Praça da Independência em Kiev: em Donetsk (leste da Ucrânia) a polícia retoma o controle de sede do governo regional (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2014 às 14h48.

Kiev - Segue abaixo a cronologia dos principais eventos desde o início da crise ucraniana, em 18 de fevereiro:

FEVEREIRO

- 18-20: Aumento da violência em Kiev, onde os confrontos entre manifestantes e policiais fizeram 82 mortos.

Milhares de pessoas ocupam há três meses Maïdan, a praça da Independência no centro de Kiev. A contestação nasceu do descontentamento com a decisão do poder ucraniano de abandonar um acordo de associação com a União Europeia em favor de uma aproximação com a Rússia.

- 22: O Parlamento destitui o presidente Viktor Yanukovich e anuncia eleições presidenciais antecipadas para 25 de maio, apesar de um acordo de saída da crise assinado na véspera entre o poder e a oposição. A ex-premiê Yulia Timoshenko é libertada.

- 23: O presidente do Parlamento Olexandre Turtchynov é nomeado presidente interino. Arseni Yatseniuk é escolhido no dia 26 pelo Parlamento primeiro-ministro do governo de transição.

No dia 24, a Rússia contesta a legitimidade do novo poder.

- 26: Confrontos entre prós e anti-russos em Simferopol, a capital da Crimeia, uma república autônoma e de língua russa no sul da Ucrânia, que abriga a frota russa do Mar Negro.

No dia 27, em Simferopol, o Parlamento, controlado por um comando pró-Rússia, vota pela realização de um referendo (30 de março) para mais autonomia e afasta o governo local.

- 28: Kiev acusa Moscou "de invasão armada e ocupação" após a tomada do controle dos aeroportos de Belbek (perto de Sebastopol) e de Simferopol por soldados armados, identificados pela população e os jornalistas como pertencentes às forças russas, que controlam de fato a península.

Yanukovich, procurado pela justiça "por mortes em massa", foge para a Rússia e afirma se o "presidente legítimo" da Ucrânia.


MARÇO

- 1º: O Conselho da Federação (Senado) russo aprova um pedido de intervenção militar na Ucrânia.

- 2: A Ucrânia se encontra" à beira da catástrofe", após a "declaração de guerra" da Rússia (Yatseniuk).

- 3: Kiev acusa a Rússia de continuar a enviar militares para a Crimeia.

Washington suspende sua cooperação militar com a Rússia.

- 4: O presidente russo Vladimir Putin nega qualquer envolvimento russo na crise e denuncia um "golpe de Estado" contra o "único presidente legítimo", Yanukovich. Segundo ele, uma intervenção militar russa "não é necessária neste momento", mis a Rússia se reserva o direito de recorrer a "todos os meios" para proteger seus cidadãos. As declarações de Putin "não enganam ninguém" (Barack Obama).

Primeiros contatos "tímidos" entre o novo poder ucraniano e Moscou (Yatseniuk).

- 5: As forças russas assumem o controle parcial de duas bases de lançamento de mísseis na Crimeia, em Fiolent perto de Sebastopol e em Evpatoria (fontes militares ucranianas).

O enviado especial da ONU na Crimeia encurta sua missão depois de ser atacado por milícias pró-Rússia (ONU).

A Otan reforça a sua cooperação com a Ucrânia e examina a com a Rússia.

Reunião em Paris entre os chefes da diplomacia americana e russa, John Kerry e Sergei Lavrov, que concordam em continuar o diálogo.

Comissão Europeia apresenta uma ajuda para a Ucrânia de "pelo menos 11 bilhões de euros".

- 6: O Parlamento local da Crimeia pede a Vladimir Putin a anexação da península ucraniana à Rússia e anuncia a organização de um referendo em 16 de março.

Grupo de 40 observadores militares da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) são esperados na Crimeia.

Em Donetsk (leste da Ucrânia) a polícia retoma o controle de sede do governo regional, ocupado por milícias pró-Rússia.

UE congela ativos de 18 autoridades ucranianas do regime Yanukovich, incluindo o próprio presidente deposto.

Em Bruxelas, cúpula extraordinária de líderes europeus.

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