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Como a proibição do TikTok nos EUA divide Trump e Biden

Ex-presidente declarou ser contrário às medidas contra a plataforma, enquanto o atual chefe de Estado defende a inicitiva que ameaça funcionamento da rede social

Eleições EUA 2024: Joe Biden disputa com Donald Trump a liderança da Casa Branca para os próximos quatro anos (TANNEN MAURY and Brendan Smialowski/AFP) (Brendan Smialowski/AFP)

Eleições EUA 2024: Joe Biden disputa com Donald Trump a liderança da Casa Branca para os próximos quatro anos (TANNEN MAURY and Brendan Smialowski/AFP) (Brendan Smialowski/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 11 de março de 2024 às 19h36.

Última atualização em 11 de março de 2024 às 19h38.

O ex-presidente americano Donald Trump declarou-se, nesta segunda-feira, 11, contrário à proibição da plataforma TikTok nos Estados Unidos, uma posição oposta a do atual chefe de Estado americano, Joe Biden, que está disposto a apoiar uma iniciativa que ameaça a rede social.

"O que me chateia é que, sem o TikTok, farão crescer o Facebook, que, para mim, é um inimigo do povo", disse o único candidato na corrida pela indicação do Partido Republicano para as eleições presidenciais de 5 de novembro, em entrevista à rede de TV CNBC.

Trata-se de uma mudança radical de postura do ex-presidente (2017-2021), que emitiu um decreto em agosto de 2020 para proibir o uso do TikTok nos Estados Unidos, alegando que a plataforma de vídeos curtos, popular entre os jovens, representava uma ameaça à segurança nacional. Dois juízes federais anularam a medida, decisões que não foram contestadas pelo governo Trump.

Os 50 membros de uma comissão da Câmara dos Representantes do Congresso votaram na última quinta-feira a favor de um projeto de lei que obrigaria a controladora do TikTok, ByteDance, a vender sua filial, sob pena de ter sua atividade proibida nos Estados Unidos. O texto deve ser votado nesta semana, segundo a imprensa americana.

"Se a aprovarem, assinarei", afirmou Biden na última sexta-feira ratificando que está disposto a promulgar a nova lei, apoiada por congressistas democratas e republicanos preocupados com os vínculos entre o TikTok e as autoridades chinesas. Eles alertam para o risco de uma transferência em massa de dados de usuários americanos para a China.

O grupo afirmou que não houve nenhuma exigência do governo chinês a esse respeito e ressaltou que se negaria a fazê-lo.

Donald Trump se mostrou a favor da proteção de dados, mas afirmou que outras empresas de tecnologia estão dispostas a fornecer informações sobre seus usuários caso solicitado pela China, mencionando o Facebook.

Após essa mudança de opinião, a imprensa americana citou os vínculos entre o ex-chefe de Estado e Jeff Yass, um doador importante para os candidatos republicanos e cuja empresa de investimentos tem uma participação significativa no capital do TikTok.

Segundo o jornal New York Post, Yass, que se reuniu com Trump na Flórida há poucos dias, teria ameaçado deixar de financiar os candidatos republicanos caso a lei sobre o TikTok seja aprovada.

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