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Como a Amazon entrou nas eleições dos Estados Unidos

A tenologia eleitoral da Amazon já usada em mais de 40 Estados americanos

Amazon: EUA se preocupam com a segurança das informações eleitorais nas eleições de 2020 (Dinendra Haria/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

Amazon: EUA se preocupam com a segurança das informações eleitorais nas eleições de 2020 (Dinendra Haria/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 13h40.

Washington — O braço de computação em nuvem da Amazon está fazendo uma investida agressiva em um dos setores de tecnologia mais sensíveis: as eleições norte-americanas.

A expansão da Amazon Web Services para eleições estaduais e municipais cresceu silenciosamente desde a eleição presidencial dos EUA em 2016. Mais de 40 Estados agora usam uma ou mais ofertas eleitorais da Amazon, de acordo com uma apresentação feita por um executivo da Amazon este ano e vista pela Reuters.

Os dois principais partidos políticos dos EUA, o candidato democrata à presidência Joe Biden e o órgão federal dos EUA encarregado de administrar e garantir o cumprimento das leis federais de financiamento de campanhas também usam o serviço.

Apesar de não lidar com a votação no dia da eleição, a AWS - juntamente com uma rede de parceiros - administra sites de eleições estaduais e municipais, armazena registros de eleitores e dados de cédulas, facilita a votação de militares no exterior e ajuda a fornecer resultados eleitorais ao vivo, de acordo com documentos e entrevistas da empresa.

A Amazon diz fornecer tecnologia eleitoral segura de baixo custo, no momento em que autoridades locais e as campanhas políticas estão sob intensa pressão para evitar a repetição das eleições presidenciais de 2016, que tiveram ataques cibernéticos em sistemas de votação e na infraestrutura eleitoral.

"O fato de termos investido fortemente nessa área ajuda a atestar que em mais de 40 Estados a nuvem da Amazon está sendo usada de alguma forma ligada às eleições", disse Michael Jackson, chefe de Saúde Pública e Eleições dos EUA na AWS, a potenciais clientes do governo em fevereiro por meio de uma apresentação vista pela Reuters.

Os esforços da empresa são bem-vindos pelos administradores eleitorais, que em entrevistas disseram que muitas vezes lutam para manter os sistemas antigos atualizados em nível local.

Alguns especialistas em segurança, como David O'Berry, co-fundador da Precog Security, disseram que mudar para a AWS é uma boa opção para campanhas que não têm recursos para se proteger.

Ainda assim, a crescente presença da Amazon nas eleições pode minar o que muitos oficiais consideram ser um ponto forte do sistema de votação dos EUA: a descentralização.

A maioria dos especialistas em segurança com quem a Reuters falou disse que, embora a nuvem da Amazon seja provavelmente muito mais difícil de invadir do que os sistemas que substitui, colocar dados de muitas jurisdições em um único sistema levanta receios de que uma única violação grave possa ser prejudicial.

"Isso faz da Amazon um alvo maior" para os hackers, "e também aumenta o desafio de lidar com um ataque interno", disse Chris Vickery, diretor de pesquisa de risco cibernético da startup de cibersegurança Upguard.

A Amazon diz que seus sistemas são confiáveis. "Com o passar do tempo, Estados, cidades e países aproveitarão os serviços da AWS para garantir a modernização de suas eleições para maior segurança, confiabilidade e análise para uso eficiente e eficaz dos dólares dos contribuintes", disse um porta-voz da AWS.

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