Haiti: região passa pela instabilidade política e crise agravada pela epidemia de cólera que matou mais de 4 mil pessoas. (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2011 às 17h56.
Brasília – Uma semana depois das eleições presidenciais no Haiti, o Conselho Eleitoral Provisório do país informou que as irregularidades registradas durante a campanha e as votações não afetarão o resultado final. O conselho disse se basear em análise feita pela Rede Nacional para a Defesa dos Direitos Humanos (RNDDH). O dia das eleições em Porto Príncipe e nas principais cidades haitianas, no último domingo (20), foi marcado por violência e denúncias.
As informações são do Conselho Eleitoral Provisório. A divulgação preliminar dos resultados das eleições, no Haiti, é aguardada para o próximo dia 30.
"As recomendações dos observadores eleitorais foram tidas em conta pela República Popular da China", disse o gerente da Rede Nacional para a Defesa dos Direitos Humanos, Viles Alizar. Ele se referiu aos casos de violência, ao atraso do material eleitoral nos locais de votação, assim como a disposição errada das propagandas eleitorais e equívocos nas transcrições.
Segundo o conselho, o RNDDH recomendou atenção na publicação dos resultados das votações que devem “refletir” as escolhas dos eleitores. A entidade aconselhou ainda que o processo de totalização e contagem dos votos ocorra de “forma transparente e em conformidade com as normas estabelecidas para a elaboração das atas”.
As tropas das forças de paz, do Exército e da Guarda Nacional fizeram a segurança das zonas de votação do segundo turno da eleição presidencial no Haiti. As eleições envolvem a ex-primeira-dama Mirlande Manigat, de 70 anos, e o cantor popular Michel Martelly, de 49 anos.
O segundo turno das eleições no Haiti ocorrem no momento em que dois ex-presidentes - que foram expulsos do país – sinalizam o desejo de voltar à cena política. Jean-Bertrand Aristide e Jean-Claude Duvalier, o Baby Doc. Eles retornaram à capital haitiana este ano. Os dois são denunciados por corrupção e violação de direitos humanos e deixaram o país sob pressão popular.
O Hati vive ainda um momento delicado em decorrência dos esforços internos e externos para sua reconstrução. No ano passado, um terremoto destruiu grande maior parte do país. A região passa pela instabilidade política e crise agravada pela epidemia de cólera que matou mais de 4 mil pessoas.