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Comitê de Dilma busca apoio de setores em expansão

Arrecadadores da candidata petista avaliam ter vantagem em relação a José Serra e preveem receber, em doações, até três vezes mais do que o adversário

Um dos coordenadores da campanha de Dilma arriscou-se a dizer que "para cada R$ 0,1 para Serra, Dilma terá R$ 0,3" (.)

Um dos coordenadores da campanha de Dilma arriscou-se a dizer que "para cada R$ 0,1 para Serra, Dilma terá R$ 0,3" (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

A coordenação da campanha da petista Dilma Rousseff trabalha para arrecadar R$ 157 milhões - R$ 30 milhões deverão vir do caixa do PMDB - baseada em um raciocínio bem simples: assim como os pobres, que as pesquisas indicam estar satisfeitos com o governo Lula, os ricos também estão. Os arrecadadores de Dilma avaliam ter vantagem em relação a José Serra e preveem receber, em doações, até três vezes mais do que o adversário, embora o tucano tenha estimado gastos maiores - R$ 180 milhões. Um dos coordenadores da campanha de Dilma arriscou-se a dizer que "para cada R$ 0,1 para Serra, Dilma terá R$ 0,3".

De acordo com os petistas, os empresários têm dito que não há motivos para queixas. Como para eles Dilma é a continuidade do atual governo, não haveria motivos para os empresários negarem as contribuições eleitorais quando forem procurados. A indústria naval, por exemplo, que estava quebrada antes do início do governo de Luiz Inácio da Silva, foi reativada graças, principalmente, às encomendas da Petrobras. A estatal do petróleo já anunciou que investirá R$ 52 bilhões na próxima década.

Os petistas dizem que o setor financeiro não teve dificuldades nem durante a crise econômica internacional deflagrada em 2008. Isso graças a programas incentivados pelo governo, que blindaram os bancos com uma forte movimentação de dinheiro no mercado interno e possibilitaram a alguns deles, como o Bradesco, terem em 2010 o maior lucro da história.

Soma-se a isso o crescimento da indústria da construção pesada no Brasil e exterior, com abertura de mercados em países da América Latina, como Bolívia, Peru, Argentina, Equador e Venezuela, por conta de financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aos vizinhos. A exigência feita para os empréstimos é que os governos dos países contratem empresas brasileiras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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