Mundo

Comitê de Finanças do Senado aprova Jack Lew para Tesouro

Com 19 votos a favor e cinco contra, sua nomeação como sucessor de Timothy Geithner requer agora um voto de confirmação no plenário do Senado

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2013 às 14h39.

Washington - O ex-chefe de Gabinete da Casa Branca Jack Lew, nomeado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como novo secretário do Tesouro, está mais próximo de ser confirmado no cargo após ser ratificado nesta terça-feira pelo comitê de Finanças do Senado.

Com 19 votos a favor e cinco contra, sua nomeação como sucessor de Timothy Geithner, que deixou o posto no mês passado, requer agora um voto de confirmação no plenário do Senado, o que deverá ocorrer amanhã.

Lew contou com o apoio de todos os senadores democratas do comitê e quatro republicanos. O mais alto representante republicano do órgão, o senador Orrin Hatch, no entanto, expressou 'sérias reservas' em relação a Lew, mas afirmou que o mandatário dos EUA 'merece a deferência de escolher as pessoas com quem trabalha em sua administração'.

Hatch, que terminou votando a favor de Lew, disse que espera que algumas de suas preocupações sejam resolvidas na audiência de nomeação do plenário do Senado, e que se for confirmado, deseja que o funcionário possa trabalhar com ambos os partidos.

Um dos republicanos que votou contra, o senador pelo Texas John Cornyn, afirmou por meio de um comunicado que 'nem em sua audiência de confirmação nem na informação fornecida ao comitê Lew se comprometeu decididamente a reduzir o gasto público'.

Uma das principais preocupações dos republicanos é o histórico do candidato quando trabalhou como executivo do Citigroup, entre 2006 e 2008, instituição da qual saiu para trabalhar como diretor do Departamento de Orçamento da Casa Branca.

Lew foi criticado na audiência por ter investido em fundos nas Ilhas Cayman, que vendeu quando foi confirmado para seu cargo na Casa Branca, afirmando na época que saiu com prejuízo.


Segundo os dados entregues ao comitê do Senado, Lew investiu US$ 56 mil no fundo, e ao se retirar vendeu sua participação por um pouco mais de US$ 54 mil.

Também foi criticado por cobrar um ágio de US$ 940.000 ao sair do banco, pouco depois da instituição ser resgatada com fundos federais para evitar sua quebra como consequência da crise financeira.

Já o presidente do comitê de Finanças, o senador democrata por Montana Max Baucus, lembrou os desafios que Lew terá que enfrentar em um momento no qual a redução do déficit é motivo de disputa entre os dois principais partidos americanos.

O presidente Obama, que nomeou Lew em 10 de janeiro, destacou na época sua experiência em matéria orçamentária e assegurou: 'confio em seu julgamento, avalio sua amizade e conheço poucos com tanta integridade' em Washington.

Lew, de 57 anos, começou a trabalhar em Washington como assessor do ex-presidente da Câmara dos Representantes, o democrata Thomas P. O'Neill, durante as negociações orçamentárias com a administração de Ronald Reagan nos anos 80.

Antes de ser chefe de Gabinete de Obama, Lew foi chefe do Departamento de Gestão e Orçamento da Casa Branca, cargo que ocupou entre 2010 e o início de 2012, e que também exerceu durante a presidência de Bill Clinton. EFE

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Países ricosPolítica

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA