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Comitê de Ética da Fifa quer banimento vitalício de Platini

Atualmente, Platini enfrenta uma suspensão de 90 dias por acusações de corrupção


	O presidente da Uefa, Michel Platini: atualmente, Platini enfrenta uma suspensão de 90 dias por acusações de corrupção
 (Jean Pierre Amet/Reuters)

O presidente da Uefa, Michel Platini: atualmente, Platini enfrenta uma suspensão de 90 dias por acusações de corrupção (Jean Pierre Amet/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2015 às 12h22.

Paris - Se Michel Platini esperava o fim de sua suspensão provisória para talvez confirmar sua candidatura à presidência da Fifa, agora o francês pode não só ser impossibilitado de concorrer ao cargo, como também ser obrigado a se afastar do futebol para sempre. O Comitê de Ética da entidade pedirá o banimento do ex-jogador para o resto da vida.

Quem confirmou o pedido foi justamente o advogado de Platini. Em entrevista à agência The Associated Press, Thibaut d'Ales revelou que a punição máxima será requisitada assim que a unidade de investigação do próprio Comitê de Ética der seu parecer final sobre o caso.

Atualmente, Platini enfrenta uma suspensão de 90 dias por acusações de corrupção. O ex-jogador já negou ter atuado de forma ilícita, mas ainda terá que se pronunciar perante o juiz de ética da Fifa, Joachim Eckert, em audiência que acontecerá no mês que vem.

D'Ales atacou o pedido da Comissão de Ética e até a credibilidade do órgão. "O caráter exagerado desta solicitação realmente é prova da total falta de credibilidade desta comissão", declarou. "Não há prova neste caso que comprove estas acusações", garantiu.

A previsão é que Eckert divulgue sua decisão sobre o caso de Platini ainda em dezembro. Independente do que for decidido, o lado perdedor poderá recorrer ao Comitê de Apelação da Fifa e à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês).

Presidentes da Uefa e da Fifa, respectivamente, Platini e Joseph Blatter foram suspensos provisoriamente no início de outubro, graças ao pagamento suspeito de US$ 2 milhões do suíço ao francês, em 2011.

Platini negou qualquer irregularidade e garantiu que o pagamento foi fruto de um acordo verbal com Blatter por salários atrasados da época em que trabalhou como assessor do presidente da Fifa, entre 1998 e 2002. D'Ales, aliás, garantiu que o Comitê de Ética tenta deslegitimar este contrato entre os dirigentes.

"Obviamente, temos provas de que este acordo existiu sim", garantiu o advogado de Platini. "Vamos enviar o documento ao tribunal, que vai lidar com o caso em um período relativamente curto."

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