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Comitê de Emergências da OMS avaliará surto da zika

A reunião da próxima semana será a terceira para abordar a situação gerada pelo surto da zika e sua relação com o aumento de casos de microcefalia no Brasil


	Zika: "Os especialistas de diversas disciplinas apresentarão suas pesquisas e outras informações relevantes sobre o surto",
 (Marvin Recinos / AFP)

Zika: "Os especialistas de diversas disciplinas apresentarão suas pesquisas e outras informações relevantes sobre o surto", (Marvin Recinos / AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de junho de 2016 às 14h35.

Genebra - O Comitê de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) se reunirá no dia 14 de maio para avaliar o estado da epidemia do vírus da zika e eventualmente modificar ou aumentar as recomendações sobre como prevenir a doença.

"O comitê escutará as últimas informações sobre a situação dos representantes dos diversos países afetados", disse a organização em comunicado.

A reunião da próxima semana será a terceira para abordar a situação gerada pelo surto da zika e sua relação com o aumento de casos de microcefalia no Brasil e de desordens neurológicas pela América Latina.

"Os especialistas de diversas disciplinas apresentarão suas pesquisas e outras informações relevantes sobre o surto", informou a OMS.

A organização anunciou que no encontro será debatido "o que se aprendeu até agora sobre a microcefalia e outras más-formações e desordens neurológicas, como a síndrome de Guillain-Barré".

O Comitê de Emergências da OMS recomendou no dia 1º de fevereiro deste ano que a situação criada em torno do surto da zika fosse classificada como emergência de saúde internacional, sugestão que foi aceita pela diretora geral da OMS, Margaret Chan.

O atual surto surgiu no final do ano passado no Brasil, e desde então foi detectada a transmissão local do vírus em mais de 60 países.

Para a OMS, há evidências científicas sobre a relação entre o contágio com o vírus e a explosão de casos de má-formação congênita em recém-nascidos, principalmente microcefalia e síndrome de Guillain-Barré, que causa paralisia dos músculos, inclusive os pulmões.

Além disso, a doença foi relacionada com outros transtornos neurológicos, problemas auditivos e de visão.

Os especialistas avaliarão as medidas recomendadas, como a sugestão às mulheres grávidas e às que pretendam ficar grávidas que não viajem para regiões de risco de contágio.

Também é recomendado a mulheres e casais que vivem ou estiveram em regiões afetadas pela zika que esperem pelo menos seis meses antes de considerar uma gravidez caso o homem tenha apresentado sintomas da doença.

Até o momento, a OMS afirma que os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que serão disputados em agosto, não devem ser adiados nem transferidos para outro lugar, pois que a entidade não teme uma expansão do contágio por causa do evento esportivo.

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