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Comitê de emergência da OMS sobre zika inicia reuniões

O grupo discutirá se a propagação do vírus e sua possível relação com os casos de microcefalia constitui emergência de importância internacional


	Zika vírus: o comitê foi criado depois que os EUA emitiram alerta para que gestantes não viajassem a países onde circula o vírus
 (Luis Robayo/AFP)

Zika vírus: o comitê foi criado depois que os EUA emitiram alerta para que gestantes não viajassem a países onde circula o vírus (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 07h32.

O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) para avaliar o risco de propagação do vírus Zika no mundo terá hoje (1º) sua primeira reunião em Genebra.

O grupo discutirá se a propagação do vírus e sua possível relação com o aumento de casos de microcefalia constitui emergência em saúde pública de importância internacional, como aconteceu recentemente com a epidemia de ebola, detectada na África Ocidental.

Segundo o Ministério da Saúde, o diretor do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis da pasta, Cláudio Maierovitch, apresentará os dados brasileiros por videoconferência.

O comitê foi criado depois que os Estados Unidos emitiram alerta para que gestantes não viajassem a países onde circula o vírus e que governos aconselharam mulheres a não engravidar.

O comitê é formado por profissionais renomados, especialistas na área. Segundo a professora de direito internacional da Universidade de São Paulo, Deisy Ventura, o grupo pode se reunir por alguns dias, até definir se defende a declaração de emergência ou não.

A decisão final é da diretoria-geral da OMS e pode ser mudada, dependendo das novas informações.

Durante sessão do conselho da organização na semana passada, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a situação do vírus no mundo mudou drasticamente e que o Zika, após ser detectado nas Américas em 2015, se espalha agora de forma explosiva.

Até o momento, segundo ela, 23 países já reportaram casos da doença

A situação é preocupante, segundo Margaret Chan, por conta de fatores como a ausência de imunidade entre a população; a falta de vacinas, tratamentos específicos e testes de diagnóstico rápido; e a possibilidade de disseminação global da doença, quando considerada a presença do mosquito Aedes aegypti em diversas partes do planeta. O mosquito é o transmissor do vírus.

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