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Comitê da ONU cobra ação no Iraque

Comitê da ONU para a eliminação da discriminação racial pediu ao secretário-geral das Nações Unidas o desdobramento de uma missão de boinas azuis no Iraque


	Combatentes do Estado Islâmico: pedido visa evitar mais massacres em província
 (Reuters)

Combatentes do Estado Islâmico: pedido visa evitar mais massacres em província (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 14h08.

Genebra - O Comitê da ONU para a eliminação da discriminação racial (CERD) pediu nesta segunda-feira ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o desdobramento de uma missão de boinas azuis no Iraque para evitar mais massacres na província de Ninawa.

O Comitê, que se reúne em sessão ordinária nesta semana em Genebra, emitiu um comunicado após seu primeiro encontro em que se mostra "horrorizado pelos massacres, atrocidades e outros abusos dos direitos humanos contra povoações civis, em função de sua etnia ou religião, cometidos pelo (grupo jihadista) Estado Islâmico (EI)".

O grupo de analistas se declara "profundamente preocupado pelos assassinatos em massa, assim como a limpeza étnica, o deslocamento forçado de população, a violência contra mulheres e crianças e outros crimes contra a humanidade", e alerta para o "crescente risco de genocídio no país".

Diante desta realidade, o Comitê pediu a Ban Ki-moon recorrer ao Conselho de Segurança e estabelecer uma missão de manutenção da paz "como uma medida temporária de emergência para poder criar uma zona de segurança na província de Ninawa".

Além disso, o Comitê solicita ao Conselho de Direitos Humanos uma sessão especial para abordar a situação dos direitos humanos no Iraque e permitir a formação de uma comissão de investigação para averiguar as causas do conflito, a origem e as ações do Estado Islâmico (EI), assim como a possibilidade de julgar os responsáveis pelos crimes.

Neste aspecto, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, acusou hoje o EI de ter assassinado "a sangue frio" quase mil de pessoas nas últimas três semanas no Iraque, além de ter sequestrado mais de 2.500 pessoas e de ter recrutando menores de idade para usá-los como "escudos humanos".

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