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Comissária da Ucrânia acusa Rússia de usar bombas de fósforo no país

Componente incendiário provoca temperaturas superiores a 800ºC, podendo causar ferimentos graves e "mortes dolorosas"

Bombeiros apagam fogo em universidade após bombardeio de Kharkiv, na Ucrânia. (SERGEY BOBOK/AFP/Getty Images)

Bombeiros apagam fogo em universidade após bombardeio de Kharkiv, na Ucrânia. (SERGEY BOBOK/AFP/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de março de 2022 às 11h12.

Última atualização em 13 de março de 2022 às 11h31.

Comissária para Direitos Humanos do Parlamento da Ucrânia, Lyudmila Leontievna afirmou hoje em comunicado que houve na noite de sábado para domingo ataques com bombas de fósforo na cidade de Popasna, na região de Luhask. Anteriormente, o chefe de polícia da cidade havia feito a mesma acusação.

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Leontievna disse que essas bombas têm um componente incendiário e provocam temperaturas que superam 800º Celsius, podendo causar ferimentos graves e "mortes dolorosas". O tratamento dos feridos exige ainda pessoal médico treinado especialmente para isso, sendo que os profissionais podem se ferir nessa tarefa, lembrou.

A autoridade ucraniana destacou o fato de que o uso de munições do tipo é proibido pelo Protocolo III da Convenção sobre Certas Armas Convencionais. Ela afirmou que o ataque aéreo por agressores da Rússia com armas do tipo contra uma "cidade pacífica" é um "crime de guerra e crime contra a humanidade" e disse que o assunto deve ser considerado pelo Tribunal Penal Internacional.

Ela pediu ainda que os membros da Organização das Nações Unidas acelerem a criação de um Tribunal Especial para punir os crimes praticados na "agressão contra a Ucrânia" e acusou a Rússia de "terrorismo de Estado".

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