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Da Redação
Publicado em 24 de abril de 2013 às 17h57.
Caracas - A Assembleia Nacional da Venezuela criou nesta quarta-feira uma comissão que investigará a suposta responsabilidade do líder de oposição Henrique Capriles nos protestos da semana passada.
De acordo com o último balanço, divulgado pela procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, nove pessoas morreram e 78 ficaram feridas nos confrontos nas ruas do país.
Quase imediatamente depois das eleições presidenciais do dia 14 de abril, o governo já sinalizava que Capriles era o responsável pelos incidentes.
Mas a criação da comissão legislativa, integrada por 11 deputados, foi a primeira ação concreta a sustentar tais sinalizações, que são negadas por Capriles.
"O assassino Henrique Capriles (...) terá que pagar mais cedo ou mais tarde por esses crimes", disse o deputado Pedro Carreño, chefe da bancada do Partido Socialista da Venezuela (PSUV, na sigla em espanhol), integrante da comissão investigativa.
Capriles diminui a importância das sinalizações feitas pelo governo e mantém a posição de que esses fatos são mentirosos. "A mentira é o refúgio dos covardes. O 'governozinho' desesperado que semeia mais mentiras não poderá com a maioria dos venezuelanos", disse Capriles em uma mensagem divulgada em redes sociais na noite de ontem.
Capriles tem imunidade por ser governador do Estado de Miranda, e qualquer eventual processo contra ele deve começar pela quebra desse status, uma medida que teria que ser autorizada pelo Tribunal Supremo de Justiça.
Nas eleições de 14 de abril, Maduro obteve 7,5 milhões de votos enquanto Capriles conquistou 7,3 milhões.
As informações são da Associated Press.