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Comissão denuncia canetas de tinta invisível durante eleições no Egito

O secretário-geral da comissão, Hatem Bagato, disse que a entidade determinou a prisão daqueles que tentarem vender ou distribuir essas canetas

Mais de 50 milhões de eleitores estão convocados às urnas para eleger entre 12 candidatos
 (Marco Longari/AFP)

Mais de 50 milhões de eleitores estão convocados às urnas para eleger entre 12 candidatos (Marco Longari/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 19h48.

Cairo - A Comissão Eleitoral do Egito denunciou a distribuição de canetas com tinta invisível, que desaparece minutos após usadas, em frente aos colégios de votação no segundo turno do pleito presidencial, segundo o site do jornal egípcio 'Al-Ahram'.

Em declarações ao site, o secretário-geral da comissão, Hatem Bagato, disse que a entidade determinou a prisão daqueles que tentarem vender ou distribuir essas canetas, que invalidam o voto quando usadas na cédula eleitoral. A ordem foi dada para impedir qualquer tentativa de manipulação dos votos nas eleições presidenciais egípcias.

Ele afirmou que a decisão foi adotada após a entidade ter recebido informações sobre a distribuição de canetas cuja tinta desaparece poucos minutos depois de usada, fazendo com que o voto por um determinado candidato se transforme em branco após o depósito da cédula eleitoral na urna.

Bagato advertiu que qualquer pessoa que vender ou distribuir esse tipo de caneta em frente aos colégios eleitorais será detido e processado na Justiça.

Segundo ele, a comissão disponibilizou canetas 'seguras' dentro dos colégios eleitorais para que sejam usadas pelos eleitores. Por isso, a comissão pediu à Justiça que proíba os eleitores de usarem qualquer outro material.

O Movimento de Juízes pelo Egito fez a mesma denúncia e advertiu aos cidadãos que há pessoas que presenteiam canetas aos eleitores fora dos centros de votação em diversos lugares do país.

O porta-voz dessa organização, Walid al-Sheraby, indicou ao site do 'Al-Ahram' que foram detectadas várias canetas deste tipo nas províncias de Gharbiya e Kafr el-Sheikh, assim como na cidade de Zagazig, no delta do Nilo.

O presidente da Comissão Eleitoral Suprema do Egito, Farouk Sultan, determinou a extensão do horário de funcionamento dos colégios eleitorais. As urnas permanecerão abertas por uma hora a mais que o previsto, até 21h locais (16h de Brasília).

Segundo a agência de notícias oficial 'Mena', Sultan adotou a decisão para dar a oportunidade de mais egípcios votarem no segundo turno das eleições presidenciais do país, que se realizam neste sábado e domingo.

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