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Comissão de Ética pede explicações a Pimentel sobre consultorias

O ministro tem dez dias para prestar as informações, contados a partir do momento em que for oficialmente comunicado o pedido

De acordo com reportagens publicadas no final do ano passado, Pimentel teria obtido 2 milhões de reais em serviços de consultoria (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

De acordo com reportagens publicadas no final do ano passado, Pimentel teria obtido 2 milhões de reais em serviços de consultoria (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 19h07.

Brasília - A Comissão de Ética Pública da Presidência da República pediu, nesta segunda-feira, explicações ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, sobre consultorias prestadas por sua empresa.

O ministro tem dez dias para prestar as informações, contados a partir do momento em que for oficialmente comunicado o pedido, decidido pelo voto de desempate do presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence.

"Decidiu-se, pelo meu voto de minerva, encaminhar o pedido de informações, esclarecimentos ao ministro", disse o presidente.

De acordo com reportagens publicadas no final do ano passado, Pimentel teria obtido 2 milhões de reais em serviços de consultoria de sua empresa entre 2009 e 2010, período em que já havia deixado a Prefeitura de Belo Horizonte e antes de assumir o ministério no governo da presidente Dilma Rousseff.

Uma das empresas que contrataram a consultoria teria obtido um contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte após Pimentel deixar o cargo.

Segundo Pertence, a Comissão de Ética só decidirá se haverá abertura de procedimento sobre as denúncias contra o ministro após a entrega das informações.

"Sem fazer nenhum juízo de mérito por ora sobre as acusações correntes ao ministro do desenvolvimento, resolvemos dar-lhe a oportunidade de se manifestar para que então possamos ajuizar se existe essa situação excepcional em que se justificaria a abertura de um processo de ética, embora os fatos veiculados sejam todos eles anteriores à sua posse no ministério", afirmou o presidente.

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