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Comey diz que documentou reuniões por temor que Trump mentisse

Ex-diretor do FBI, James Comey, foi demitido por Trump de forma pouco usual no dia 9 de maio

James Comey, sobre Trump: "estava honestamente preocupado pelo fato de que ele pudesse mentir sobre a natureza de nossos encontros" (Jonathan Ernst/Reuters)

James Comey, sobre Trump: "estava honestamente preocupado pelo fato de que ele pudesse mentir sobre a natureza de nossos encontros" (Jonathan Ernst/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de junho de 2017 às 12h55.

Washington - O ex-diretor do FBI James Comey afirmou nesta quarta-feira que documentou seus encontros a sós com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, porque temia que o republicano mentisse sobre o conteúdo das conversas posteriormente.

"Estava honestamente preocupado pelo fato de que ele pudesse mentir sobre a natureza de nossos encontros", disse Comey durante uma esperada audiência no Comitê de Inteligência do Senado.

"Sabia que poderia chegar ao dia no qual pudesse precisar de um registro do que ocorreu não só para me defender, mas também para defender o FBI", completou o ex-diretor, que está sob juramento.

Comey disse, além disso, que só se reuniu com o ex-presidente Barack Obama em três ocasiões nos oito anos que o democrata ficou no cargo e que nunca sentiu necessidade de registrar seus encontros com ele.

Da mesma forma, o ex-diretor do FBI não documentou as reuniões que realizou com o ex-presidente George W.Bush quando era um funcionário do alto escalão do Departamento de Justiça.

Comey reiterou que Trump tinha reconhecido seu bom desempenho à frente do FBI em várias ocasiões, incluindo um momento em que o presidente sussurrou, durante um abraço na Casa Branca, que "desejava" começar a trabalhar com ele.

"Não sei por que fui demitido. Talvez seja devido a forma pela qual comandava a investigação russa (sobre a suposta interferência do Kremlin nas eleições americanas) e pela pressão que isso exercia sobre ele", afirmou Trump ao ser questionado pelos senadores.

O ex-diretor do FBI foi demitido de forma pouco usual no dia 9 de maio. O governo de Trump deu explicações contraditórias para explicar os motivos para tirar Comey do cargo.

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