Ursos polares: quase metade dos 800 ursos brancos mortos a cada ano alimentam o mercado internacional (N. Ovsyanikov/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2013 às 11h23.
Bangcoc - Os países membros da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Ameaçadas (CITES) se negaram nesta quinta-feira a proibir o comércio mundial de ursos polares.
Apesar de todos os participantes terem reconhecido que o urso branco é vítima do aquecimento global, também aconteceu um intenso debate sobre a ameaça adicional que, para muitos, representa o comércio da pele, ossos e dentes do animal.
O maior carnívoro terrestre está inscrito no Anexo II da CITES, o que significa uma regulamentação rígida do comércio internacional, mas sem proibição.
Estados Unidos, que compartilham com Canadá, Rússia, Groenlândia e Noruega uma população de 20.000 a 25.000 exemplares, desejavam a inscrição no Anexo I, o que significaria uma proibição do comércio.
Mas a proposta, que precisava da maioria de dois terços para aprovação, foi rejeitada com 42 votos contrários, 38 favoráveis e 46 abstenções, entre os 126 países participantes na votação.
"O urso polar enfrenta um futuro sinistro e o dia de hoje trouxe mais uma notícia ruim", lamentou Dan Ashe, diretor do serviço americano de pesca e vida selvagem. A espécie pode sofrer uma perda de dois terços da população até 2050.
Segundo analistas citados pelos representantes dos Estados Unidos, quase metade dos 800 ursos brancos mortos a cada ano alimentam o mercado internacional.