Rainha Elizabeth II: "Elas foram muito grosseiras com o embaixador", disse a rainha, referindo-se às autoridades chinesas (Richard Pohle / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2016 às 11h36.
Pequim - Os laços entre a China e a Grã-Bretanha não serão prejudicados pelo fato de a rainha Elizabeth ter sido flagrada em um vídeo dizendo que autoridades chinesas foram "muito grosseiras", informou um influente jornal chinês nesta quinta-feira, que atribuiu a culpa do incidente a "bárbaros" da mídia ocidental.
Em imagens transmitidas pela rede britânica BBC, a monarca é vista durante uma festa nos jardins do Palácio de Buckingham, ocorrida na terça-feira, se queixando com uma comandante de polícia que teve o "azar" de estar a cargo da segurança durante uma visita de Estado do presidente chinês, Xi Jinping, em outubro.
"Elas foram muito grosseiras com o embaixador", disse a rainha, referindo-se às autoridades chinesas.
Conforme seu papel constitucional, a rainha de 90 anos jamais pode fazer quaisquer colocações política ou diplomaticamente sigilosas em público, e é raro o conteúdo de suas conversas particulares vir a público.
O jornal Global Times, publicado pelo Diário do Povo do Partido Comunista chinês, disse ser inconcebível que autoridades britânicas tenham vazado o vídeo intencionalmente, porque tal ação seria "realmente rude e grosseira".
Mas os laços não serão afetados pelas colocações da rainha, afirmou o Global Times em um comentário em chinês que também criticou a mídia ocidental que noticiou o incidente.
"Os fofoqueiros desrespeitosos da mídia de lá, narcisistas que exibem suas presas, aparentemente preservam vestígios da deselegância de bárbaros", opinou o diário.