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Começam os primeiros testes de vacina contra a zika nos EUA

Os testes, a cargo do Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas, serão realizados em pelo menos 80 voluntários saudáveis


	Vacina: os testes, a cargo do Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas, serão realizados em pelo menos 80 voluntários saudáveis
 (Kevork Djansezian/AFP)

Vacina: os testes, a cargo do Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas, serão realizados em pelo menos 80 voluntários saudáveis (Kevork Djansezian/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2016 às 15h38.

Washington - As autoridades de saúde dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira o início dos primeiros testes médicos de uma vacina contra o vírus da zika, enquanto a doença começa a se expandir pela Flórida com pelo menos 15 contágios.

Os Institutos Nacionais da Saúde informaram que os estudos têm como fim "estabelecer a segurança da vacina experimental e sua capacidade de gerar uma resposta no sistema imunológico dos participantes" em uma primeira etapa.

Os testes, a cargo do Instituto de Alergia e Doenças Infecciosas, serão realizados em pelo menos 80 voluntários saudáveis com entre 18 e 35 anos em três estabelecimentos de saúde nos Estados Unidos.

Apesar de a autorização de uma vacina nos EUA ser um processo que leva anos, as autoridades decidiram acelerá-lo devido à emergência sanitária que representa a proliferação do vírus da zika na América Latina e no Caribe.

A doença, além disso, já fez sua aparição no território continental americano com os primeiros 15 casos confirmados de contágio local nos bairros de Wynwood e Edgewater, em Miami.

Parte dos testes médicos acontecerá nas instalações centrais dos Institutos Nacionais da Saúde, em Bethesda, nos arredores de Washington.

A vacina que será submetida aos testes médicos foi desenvolvida por cientistas do Centro de Pesquisa de Vacinas da própria instituição médica governamental, e é similar a outra que vem sendo elaborada para combater o vírus do Nilo Ocidental, que também é transmitido por mosquitos infectados, segundo o órgão.

De acordo com os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), que também são vinculados à administração federal dos EUA, mais de 50 países e territórios sofrem com a atual epidemia da zika, a grande maioria deles na América Latina e no Caribe.

Nos Estados Unidos e seus territórios foram detectados mais de 6.400 casos, mas os alarmes dispararam devido à confirmação de casos de contágio autóctones na Flórida, o que representa a entrada do mosquito transmissor no território continental americano.

O diretor dos CDC, Tom Frieden, reconheceu ontem que a luta contra o mosquito na região de Miami, onde aconteceram as infecções locais, está sendo mais difícil do que se pensava.

É "muito complexo" erradicar esses mosquitos, não apenas porque são mais "durões" que os de outras espécies, mas, inclusive, porque podem ser resistentes aos inseticidas, explicou Frieden.

Os CDC incluíram esta segunda-feira o sul da Flórida em sua lista de destinos cujos visitantes devem tomar precauções adicionais devido ao risco de contágio, e recomendou às gestantes que não viajem para essa região, ou que tomem precauções se vivem nesses lugares. EFE

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