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Da Redação
Publicado em 4 de julho de 2010 às 10h49.
Varsóvia - Os colégios eleitorais da Polônia abriram hoje suas portas dando começo ao segundo turno das eleições presidenciais, das quais sairá o futuro chefe de Estado do país e sucessor de Lech Kaczynski, morto em acidente aéreo em abril passado.
Vão se enfrentar nesta jornada eleitoral o conservador Jaroslaw Kaczynski, irmão gêmeo do anterior presidente da Polônia, Lech, e o presidente do Parlamento e chefe de Estado interino, o liberal Bronislaw Komorowski.
Komorowski foi o candidato mais votado no primeiro turno com 41% dos votos, seguido de Kaczynski, com 36%, e do líder da Aliança Democrática de Esquerda, Grzegorz Napieralski, com 13%.
Nem Komorowski nem Kaczynski conseguiram então a maioria absoluta, o que fez com que durante a segunda campanha eleitoral os dois candidatos tenham sido obrigados a lutar pelo apoio dos eleitores da esquerda, decisivos no pleito de hoje.
Ambos os candidatos chegam muito igualados às urnas, e embora a maioria das pesquisas dê uma vitória apertada a Komorowski, uma enquete publicada pelo jornal "Rzeszpospolita" no último dia da campanha dava como ganhador Jaroslaw Kaczynski, com dois pontos de diferença sobre seu rival.
Destas eleições sairá o presidente da Polônia durante os próximos cinco anos, um cargo que é principalmente representativo e carece de poder executivo, embora tenha algumas atribuições determinantes como a capacidade de veto das normas elaboradas pelo Governo ou a rubrica final de tratados internacionais.
Mais de 30 milhões de cidadãos foram convocados às urnas nesta jornada eleitoral, que começou com normalidade às 6h (hora local, 1h de Brasília) e finalizará 14 horas depois, às 20h (15h).
As autoridades polonesas pretendem que os cidadãos contem com toda a comodidade para votar, o que justifica a ampla margem de tempo e os 25.773 locais eleitorais habilitados, que tornarão possível que ninguém tenha que se deslocar longas distâncias para depositar sua cédula.
Apesar destas facilidades, as pesquisas preveem que a abstenção fique em torno de 54%, como já aconteceu no primeiro turno do dia 20 de junho.
A abstenção inclusive poderia ser maior por causa do bom tempo durante este fim de semana e do começo das férias de verão, o que faz com que muitos poloneses estejam fora de seu domicílio habitual.