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Começa no Cairo julgamento contra Hosni Mubarak

O ex-presidente egípcio é acusado de planejar ataques contra os manifestantes durante a Revolução de 25 de Janeiro

Imagem da televisão egípcia mostra que Mubarak entrou na sala do tribunal em uma maca e assiste o julgamento dentro de uma espécie de cela (AFP)

Imagem da televisão egípcia mostra que Mubarak entrou na sala do tribunal em uma maca e assiste o julgamento dentro de uma espécie de cela (AFP)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h39.

Cairo - O julgamento contra o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, acusado de planejar ataques contra os manifestantes durante a Revolução de 25 de Janeiro, começou nesta quarta-feira no Cairo.

Mubarak entrou em uma maca na sala do tribunal encarregado de julgá-lo, localizado na Academia de Polícia do Cairo, em julgamento transmitido pela televisão egípcia.

Antes do ex-líder, haviam entrado no recinto o ex-ministro do Interior Habib el Adli, seguido por seus assessores e pelos dois filhos de Mubarak, Alá e Gamal, que também serão julgados.

Os acusados, que podem enfrentar a pena capital se forem considerados culpados de planejar ataques contra os participantes dos protestos, nos quais faleceram mais de 850 pessoas, assistem ao julgamento dentro de uma espécie de celas.

Mubarak, pálido mas com aspecto estável, apareceu deitado na maca e vestido de branco, se mostrou tranquilo e conversou com seus filhos.

O ex-presidente se encontra junto a seus filhos, enquanto Adli e seus assessores estão em uma cela próxima, situada à direita do tribunal.

"Em nome da Justiça, começamos a sessão", disse o juiz Ahmed Refat, que preside o julgamento no tribunal do Norte do Cairo.

O juiz Refat primeiro chamou o ex-ministro do Interior e seus assessores, que responderam com um breve "Sim, presente".

A ida de Mubarak ao tribunal despertou dúvidas até o último momento, devido a seu frágil estado de saúde.

O ex-mandatário estava internado no hospital de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, onde cumpria também detenção desde que sofreu um ataque cardíaco durante um dos interrogatórios, em 12 de abril.

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