Paolo Gabriele: o ex-mordomo do papa foi condenado em 6 de outubro a 18 meses de prisão, pena que cumpre desde 25 de outubro em uma cela do Vaticano (AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2012 às 09h48.
Cidade do Vaticano - O julgamento contra o técnico de informática Claudio Sciarpelletti, acusado de suposto encobrimento de Paolo Grabiele, ex-mordomo do papa, no roubo e vazamento de documentos reservados do pontífice, Bento XVI, começou nesta segunda-feira no Vaticano.
O processo começou no Escritório Judicial, em um edifício do pequeno estado próximo à Basílica de São Pedro.
Por enquanto, não se sabe o tempo que essa primeira audiência e o julgamento levarão.
O presidente do Tribunal, Giuseppe Gadanha Torre, manifestou há vários dias que o julgamento será "rápido, breve", já que o crime de que Sciarpelletti, de 48 anos, é acusado, é "na verdade pouca coisa".
Gadanha Torre detalhou que "mais do que outra coisas, trata-se do fato que dando versões distintas nos interrogatórios a que foi submetido, o técnico pôs obstáculos "de alguma maneira as investigações".
Pelo caso, conhecido como "Vatileaks", Paolo Gabriele, de 46 anos, foi condenado em 6 de outubro a 18 meses de prisão, pena que cumpre desde 25 de outubro em uma cela do Vaticano.
Sciarpelletti, funcionário da Secretaria de Estado, seria julgado no mesmo julgamento contra Gabriele em 29 de setembro, mas o Tribunal, a pedido de Gianluca Benedetti, advogado do técnico de informática, separou os dois casos e decidiu que fosse julgado mais adiante.
O técnico pode ser condenado a até um ano de prisão, segundo a legislação do Estado da Cidade do Vaticano.