A última minuta do comunicado final do G20 eleva o crescimento mundial para 2,1% (Pablo Martinez Monsivais/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2014 às 07h16.
Brisbane (Austrália).- Os líderes dos 19 países mais poderosos do mundo e da União Europeia iniciaram neste sábado, na Austrália, a Cúpula do G20 para tratar de temas como o crescimento econômico, a geração de empregos, as mudanças climáticas, o ebola e a crise na Ucrânia.
O primeiro-ministro do país anfitrião, Tony Abbott, recebeu os chefes de estado e de governo de países como Brasil, Estados Unidos, Rússia, China e México no Centro de Convenções de Brisbane, no litoral oeste do país.
'Todos estamos lutando para equilibrar a tensão inerente entre política e políticas. Necessitamos ter uma visão clara sobre para onde queremos ir e construir um consenso', declarou Abbott em comunicado anterior à abertura da cúpula.
O primeiro-ministro australiano defendeu uma agenda reformista que favoreça o mercado de trabalho, as infraestruturas e o pragmatismo acima das ideologias.
'Necessitamos criar condições para que seja mais fácil fazer negócios. A coordenação dos membros do G20 é um tema crítico porque nossas economias estão interligadas', afirmou.
Segundo a agência local de notícias 'AAP', a última minuta do comunicado final do G20 eleva o crescimento mundial para 2,1%, com base nas avaliações do FMI e da OCDE das mais de mil iniciativas apresentadas pelos países-membros.
Algumas medidas ainda estão pendentes na luta contra a evasão tributária das grandes empresas multinacionais e na regulação do mercado financeiro.
Antes da cúpula, os responsáveis de Economia dos países do G20 iniciaram as discussões no Centro de Convenções, sob fortes medidas de segurança.
Pouco depois das 15h locais (3h de Brasília), Abbott deu as boas-vindas oficiais a seus colegas, que assistiram a uma cerimônia tradicional aborígine e à abertura oficial no Centro de Convenções de Brisbane.
Apesar de a reunião estar focada em assuntos econômicos, também serão tratados temas como a crise do ebola, os impactos das mudanças climáticas, a ameaça do terrorismo jihadista e o conflito na Ucrânia.
Entre os líderes que participam da cúpula de Brisbane estão a presidente Dilma Rousseff, o líder dos Estados Unidos, Barack Obama; a chanceler alemã, Angela Merkel; o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e o presidente da China, Xi Jinping.
Também está em Brisbane o presidente russo, Vladimir Putin, que vem sendo alvo de criticas por sua participação no conflito da Ucrânia.
Os países-membros do G20 representam 85% do PIB mundial, 80% do comércio global e concentram dois terços da população do planeta.
O bloco é formado pela União Europeia, pelo G7 (EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), e por Brasil, Coreia do Sul, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia.
Além disso, a Austrália convidou a vizinha Nova Zelândia para o encontro e a Espanha assiste às reuniões, como convidado, desde 2010.