O julgamento da ex-presidente da Argentina deve se prolongar por um ano (Agustin Marcarian/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de maio de 2019 às 14h22.
Buenos Aires — O primeiro julgamento por supostos crimes de corrupção cometidos durante o mandato de Cristina Kirchner começou nesta terça-feira, em Buenos Aires, com a presença da ex-presidente da Argentina e de outros 13 acusados no caso.
Às 12h10 (mesmo horário em Brasília), os juízes Jorge Gorini, Rodrigo Giménez Uriburu, Andrés Basso e Adriana Palliotti deram início à audiência em um tribunal federal da capital. O Ministério Público, o Escritório Anticorrupção e a Unidade de Informação Financeira são as partes acusadoras do processo.
Cristina se sentou ao lado de seu advogado Carlos Beraldi nas fileiras ao fundo da sala de audiência. Além da ex-presidente, estão entre os acusados o empresário Lázaro Báez, o ex-ministro do Planejamento Julio de Vido e o ex-secretário de Obras Públicas José López.
Na sala também estavam presentes, além dos espectadores que apoiam Cristina, o secretário-geral do Centro dos Trabalhadores Argentinos, Hugo Yasky, a presidente das Avós da Praça de Maio, Estela de Carlottom, e Taty Almeida e Hebe de Bonafini, representante das Mães de Praça de Maio.
A primeira audiência, na qual serão lidas as acusações, conta um forte esquema de segurança no exterior do tribunal, onde também estão apoiadores da ex-governante, atual senadora e candidata a vice-presidente para as eleições de outubro.
O julgamento deve se prolongar durante um ano, com depoimentos de cerca de 160 testemunhas e audiências em todas as segundas-feiras.
Cristina Kichner é acusada de liderar uma quadrilha e cometer fraudes em concessões de contratos de obras públicas quando estava no poder.