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Comboio russo aguarda permissão para entrar na Ucrânia

Autoridades ucranianas temem que a missão russa, formada por cerca de 200 caminhões, seja um pretexto para Moscou enviar equipamentos aos separatistas


	A Rússia e a Ucrânia fecharam um acordo para garantir a passagem dos caminhões com o acompanhamento da Cruz Vermelha
 (Maxim Shemetov/Reuters)

A Rússia e a Ucrânia fecharam um acordo para garantir a passagem dos caminhões com o acompanhamento da Cruz Vermelha (Maxim Shemetov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2014 às 12h29.

Rússia - Dezenas de caminhões de um comboio russo que supostamente transporta suprimentos de ajuda humanitária aguardam perto da fronteira com a Ucrânia, em meio a procedimentos complicados que impedem sua entrada para auxiliar civis afetados por combates entre forças ucranianas e separatistas no leste do país.

Autoridades ucranianas temem que a missão russa, formada por cerca de 200 caminhões, seja um pretexto para Moscou enviar equipamentos aos separatistas, que, segundo Kiev e países ocidentais, são apoiados pelo Kremlin.

A Rússia e a Ucrânia fecharam um acordo para garantir a passagem dos caminhões com o acompanhamento da Cruz Vermelha, caso guardas fronteiriços e agentes alfandegários ucranianos aprovem a carga do comboio.

Um representante do Ministério de Emergências russo disse à Associated Press que documentos sobre a carga foram entregues a oficiais ucranianos que se deslocaram à Rússia para inspecionar os suprimentos.

No entanto, segundo Andriy Lysenko, porta-voz do conselho nacional de segurança da Ucrânia, o governo ucraniano ainda não havia recebido documentos da Cruz Vermelha detalhando a carga dos caminhões até as 12h deste sábado (pelo horário local).

Os conflitos continuam no leste ucraniano e, de acordo com Lysenko, três combatentes ucranianos foram mortos nos últimos embates.

Lysenko reiterou a declaração feita ontem pelo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, de que forças do país destruíram a maior parte de uma coluna de veículos militares russos que teriam entrado no país na noite de quinta-feira. Moscou negou com veemência que a incursão tenha de fato acontecido.

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