Sana - Pelo menos 44 pessoas, na maioria militantes do grupo radical islâmico Ansar al Sharia, morreram nesta sexta-feira em uma ofensiva do Exército iemenita na província meridional de Abian, palco na última semana de sangrentos combates entre ambos lados.

Em comunicado, o Ministério de Defesa do Iêmen informou que pelo menos 28 supostos terroristas e dois milicianos tribais aliados das tropas governamentais morreram em ataques contra a região de Zara.

Enquanto isso, outros dez radicais islâmicos e quatro soldados morreram no povoado de Um Ein, segundo disseram à Agência Efe fontes militares.

Tanto Zara como Um Ein se encontram próximos à localidade de Lauder, que sofreu o ataque nos últimos dias do Ansar al Sharia (Seguidores da Lei Islâmica), grupo vinculado ideologicamente com a rede terrorista internacional Al Qaeda.

A nota do Ministério qualificou a ofensiva na região de Zara de "doloroso golpe aos terroristas" e informou o envio de reforços militares e de segurança, assim como especialistas na luta antiterrorista, a Lauder para apoiar a Brigada 111 de Infantaria nos combates contra o Ansar al Sharia.

Quanto aos choques em Um Ein, as fontes explicaram que o controle do povoado foi recuperado pelo Exército iemenita, depois que na segunda-feira passada foi invadido por militantes islamitas.

O grupo radical queria controlar Um Ein para depois tentar estender seu poder até a localidade de Lauder, única cidade grande de Abian que não está sob o controle dos terroristas.

Por sua parte, o Ansar al Sharia informou em mensagem enviada à Efe, e cuja autenticidade não pôde ser verificada, que matou sete milicianos tribais na área de Al Hodn, ao oeste de Lauder.

"Nossos mujahedins (guerreiros santos) preparam uma emboscada para esses sete mercenários e tomaram o controle do local onde estavam postados", destacou o grupo extremista.

Desde a segunda-feira passada, centenas de supostos terroristas tentam tomar a localidade de Lauder, mas unidades militares desdobradas nos arredores da cidade junto com aliados tribais e habitantes os impediram até o momento.

A atividade da Al Qaeda e de organizações próximas recrudesceu desde que explodiu há mais de um ano a revolta contra o regime do presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, cuja saída definitiva do poder aconteceu no final de fevereiro passado com a posse do anterior vice-presidente, Abdo Rabbo Mansour Hadi.