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Combates em Darfur deixam 30 mil desabrigados, diz ONU

Após ter diminuído em relação a 2003 e 2004, a violência têm crescido recentemente


	Sudão: 30 mil pessoas fugiram de conflitos em Golo e Guldo desde o início dos combates em 24 de dezembro
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Sudão: 30 mil pessoas fugiram de conflitos em Golo e Guldo desde o início dos combates em 24 de dezembro (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 16h13.

Cartum - Duas semanas de combates em Darfur, no Sudão, deslocaram 30 mil pessoas que estão em necessidade de alimento e abrigo, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) depois de alguns dos piores confrontos na região em meses.

O conflito irrompeu em Darfur, uma vasta região árida, em 2003, quando tribos principalmente não-árabes pegaram em armas contra o governo árabe de Cartum, acusando-o de marginalização política e econômica.

Lutas e divisões rebeldes prejudicaram anos de mediação internacional e várias rodadas de negociações de paz. A violência diminuiu em relação aos picos de 2003 e 2004, mas ganhou força nas últimas semanas, enquanto o banditismo também se espalhou.

Cerca de 30 mil pessoas fugiram de suas casas nas cidades de Golo e Guldo para escapar de duas semanas de combates que começaram em 24 de dezembro na região de Jebel Marra, muito apreciada por sua terra fértil, afirmou o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), em um relatório.

Cerca de 2.800 pessoas fugiram para um campo em Nertiti no centro de Darfur, que abriga 42 mil pessoas já deslocadas, disse o relatório na noite de quinta-feira, citando números do governo e de um líder comunitário.


Rebeldes da facção Exército de Libertação do Sudão (SLA), liderada por Abdel Wahed Mohamed al-Nur, tomaram as cidades de Golo e Rockero, afirmou a força internacional de manutenção de paz UNAMID na quarta-feira.

Também houve confrontos esta semana entre duas tribos em Darfur do Norte sobre o uso de uma mina de ouro.

O Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o presidente Omar Hassan al-Bashir e outros oficiais sudaneses por planejar crimes de guerra em Darfur. Eles negam as acusações e se recusam a reconhecer o tribunal.

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