Fumaça é vista em Benghazi durante confrontos entre forças de segurança e islamitas (Abdullah Doma/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2014 às 11h31.
Trípoli - Mais de 250 pessoas, entre civis e militares, morreram na Líbia desde o começo da ofensiva militar dirigida pelo general rebelde Jalifa Hafter em 15 de outubro contra as milícias islamitas em Benghazi, ao leste do país.
Segundo o novo balanço oferecido por fontes médicas da cidade, apenas na terça-feira sete pessoas morreram e várias ficaram feridas durante os combates.
As mesmas fontes explicaram que um míssil caiu em um hospital de maternidade evacuado há dias por causa dos enfrentamentos, por isso que não causou vítimas, mas provocou um incêndio no estoque de remédios.
Por outro lado, continuam os violentos enfrentamentos entre a milícia islamita de Maylis al Shura (Conselho da Shura) e as tropas de Haftar em Al Sabri, um dos bairros estratégicos e comerciais de Benghazi.
Uma fonte de segurança indicou à Agência Efe que também estão ocorrendo intensos combates nos arredores da cidade, mas não deu detalhes sobre possíveis mortos.
A cidade de Benghazi se encontra praticamente paralisada e há dez dias permanecem fechados os bancos, escolas, universidades, shoppings e o porto.
Além disso, perante o aumento de insegurança, no fim de semana as autoridades líbias fecharam o aeroporto internacional de Labraq, a 220 quilômetros ao leste da cidade, e o aeroporto de Benina, em Benghazi.
O enviado especial das Nações Unidas para a Líbia, o espanhol Bernardino León, lançou recentemente uma chamada na qual pediu às distintas partes enfrentadas na Líbia que promovam um diálogo político e evitem o caminho das armas.