Mundo

Combatentes houthis têm parte de cidade estratégica no Iêmen

Habitantes de Al Dalea informaram que os milicianos houthis dominaram o bairro de Senah, no norte, onde instalaram postos de controle

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 09h41.

Sana - Os combatentes do movimento xiita dos houthis tomaram nesta terça-feira o controle de parte da estratégica cidade de Al Dalea, capital da província homônima no Iêmen, com o qual abrem uma nova frente na ofensiva contra o sul do país.

Habitantes de Al Dalea informaram à Agência Efe que os milicianos houthis, apoiados por forças militares, dominaram o bairro de Senah, no norte, onde instalaram postos de controle.

Desse bairro, o grupo avança rumo ao centro da cidade, o que representa um primeiro passo para chegar à cidade de Áden, onde está o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi.

Em Senah, os houthis conquistaram o complexo administrativo do governo provincial sem encontrarem resistência por parte dos guardas, segundo uma fonte do governo local. As forças leais a Hadi lançaram mísseis contra uma escola que os houthis usavam como base no bairro.

Segundo uma fonte dessas milícias, partidárias do presidente, esse ataque contra a escola causou mais de dez mortes entre os integrantes do grupo xiita.

Al Dalea é uma cidade estratégica por ficar na estrada que liga Sana a Áden e é considerada o centro do movimento separatista sulista, ao qual pertence a maioria dos militares do sul.

Sobre a outra frente de conflito aberto, em regiões de fronteira entre as províncias de Taiz e Lahech, pelo segundo dia consecutivo foram registrados confrontos entre forças houthis e milícias do sul, mas ainda não há informações sobre o número exato de vítimas.

Há dois dias, o movimento houthi iniciou uma ofensiva para controlar o sul do Iêmen começando por Taiz e enviou forças a Áden, aumentando os receios sobre uma nova guerra civil.

Al Dalea, Lahech e Áden fazem parte do que foi o Iêmen do Sul e se mostram leais a Hadi, que vem dessa região, e contra o domínio do movimento xiita, que tem base no norte do país.

Iêmen do Sul e Iêmen do Norte se uniram em 1990, mas quatro anos depois explodiu uma guerra civil na qual os nortistas saíram vitoriosos, o que manteve viva o espírito de separatismo nas regiões sulinas.

O ministro das Relações Exteriores, Riad Yassin, do governo de Hadi, disse ontem que seu Executivo solicitou ajuda militar ao Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) para conter o movimento xiita.

O Iêmen está imerso em um profundo conflito político, agravado desde que Hadi fugiu para Áden, em fevereiro, e voltou atrás na decisão de renunciar à presidência ao afirmar que continuaria a governar como o legítimo presidente do país, em oposição ao ditado pelos houthis.

Acompanhe tudo sobre:IêmenIslamismoXiitas

Mais de Mundo

Trump escolhe bilionário Scott Bessent para secretário do Tesouro

Partiu, Europa: qual é o país mais barato para visitar no continente

Sem escala 6x1: os países onde as pessoas trabalham apenas 4 dias por semana

Juiz adia indefinidamente sentença de Trump por condenação em caso de suborno de ex-atriz pornô