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Combate ao EI fracassará se Assad continuar no poder

Combatentes islâmicos vêm explorando o caos de três anos na guerra civil da Síria, que coloca Assad e seus aliados contra rebeldes


	Bashar al-Assad: Catar enviou dinheiro e armas para rebeldes que lutam contra o presidente sírio
 (AFP)

Bashar al-Assad: Catar enviou dinheiro e armas para rebeldes que lutam contra o presidente sírio (AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 09h53.

Dubai - O emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad al-Thani, alertou que os ataques liderados pelos Estados Unidos contra a militância do Estado Islâmico não terão sucesso enquanto o presidente sírio, Bashar al-Assad, continuar no poder.

As forças norte-americanas, com apoio de aliados árabes, vêm bombardeando alvos no norte e no leste da Síria esta semana, após ataques dos EUA contra um grupo dissidente da Al Qaeda no Iraque desde o início de agosto.

"Temos de combater o terrorismo, sim. Mas acredito que a principal causa de tudo isso é o regime na Síria. E esse regime tem de ser punido", disse o xeque Tamim em entrevista à CNN na quinta-feira à noite.

"Se pensarmos que vamos passar sobre os movimentos terroristas e deixar aqueles regimes fazendo o que fazem - esse regime em especial, fazendo o que está fazendo -, então os movimentos terroristas vão voltar de novo", disse ele, de acordo com uma excerto da entrevista.

Combatentes islâmicos vêm explorando o caos de três anos na guerra civil da Síria, que coloca Assad e seus aliados contra rebeldes muçulmanos sunitas e militantes islâmicos, principalmente.

Com isso, conseguiram tomar território nas províncias do leste do país.

O Catar, que enviou dinheiro e armas para rebeldes que lutam contra Assad, também apoia os ataques dos EUA contra e Estado Islâmico, tendo contribuído com um avião na primeira noite de bombardeios, na terça-feira.

Outros aliados dos EUA no mundo árabe, Jordânia, Barein, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, se juntaram nos ataques.

Todos são governados por muçulmanos sunitas e são adversários de Assad, membro de uma seita muçulmana derivada do xiismo, e também do principal aliado do governo sírio na região, o Irã, país de maioria xiita.

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