Mundo

Comandante líbio diz que tropas se juntaram a general

Principal comandante das forças especiais disse que as suas tropas se juntaram às tropas do general renegado Khalifa Haftar


	Militante patrulha a entrada da sede da milícia Fevereiro 17 depois que forças irregulares líbias entraram em confronto, em Benghazi, no leste da Líbia
 (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

Militante patrulha a entrada da sede da milícia Fevereiro 17 depois que forças irregulares líbias entraram em confronto, em Benghazi, no leste da Líbia (Esam Omran Al-Fetori/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 17h04.

Benghazi/Trípoli - O principal comandante das forças especiais do Exército da Líbia disse nesta segunda-feira que as suas tropas se juntaram às tropas do general renegado Khalifa Haftar na sua campanha contra os militantes islâmicos, destacando o fracasso do governo central em Trípoli de afirmar a sua autoridade.

O anúncio reforça a campanha de Haftar, denunciado pelo governo de Trípoli de tentar dar um golpe de Estado na nação produtora de petróleo.

Não ficou claro quantos soldados apoiam Haftar, cujas forças desencadearam na sexta-feira um ataque contra militantes islâmicos em Benghazi, no leste, matando mais de 70 pessoas.

Milicianos aparentemente aliados a Haftar também atacaram o Parlamento de Trípoli no domingo e combateram durante horas com milícias rivais.

"Estamos com Haftar", disse o comandante das forças especiais, Wanis Bukhamada, à Reuters em Benghazi. Mais cedo, ao vivo na televisão, ele anunciou que suas forças irão se juntar à “Operação Dignidade”, como Haftar denominou sua campanha.

As forças especiais são as tropas mais bem treinadas do novo Exército da Líbia.

Elas foram mobilizadas no ano passado em Benghazi para ajudar a deter uma onda de carros-bombas e assassinatos, mas penaram para conter as atividades das milícias islâmicas fortemente armadas que circulam pela cidade.

Uma base aérea em Tobruk, no extremo leste do país, também comunicou ter se unido à força de Haftar – um gesto significativo, já que não está claro quanto apoio Haftar tem com as forças armadas regulares da Líbia e com as poderosas brigadas de ex-rebeldes que depuseram Muammar Gaddafi em 2011.

Um comunicado da base aérea disse que seu pessoal quer combater "extremistas", ecoando a retórica de Haftar. “A base aérea de Tobruk irá se juntar... ao Exército sob o comando do general Khalifa Qassim Haftar", afirmou a declaração. Funcionários da base aérea confirmaram sua autenticidade.

Desde o fim do governo autocrático de Gaddafi, as principais milícias rivais de ex-rebeldes se tornaram mediadores do poder no vácuo político líbio, criando verdadeiros feudos e dando demonstrações de seu poderio militar.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaCrise políticaGuerrasLíbiaPrimavera árabe

Mais de Mundo

Brasil é vice-lider em competitividade digital na América Latina, mas está entre os 11 piores

John Thune é eleito líder dos Republicanos no Senado, apesar de pressão de aliados de Trump

Biden e Xi realizarão sua terceira reunião bilateral na reunião da APEC em Lima

Após três anos de ausência, Li Ziqi retorna e ganha 900 mil seguidores em um dia