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Comandante aposentado é convocado para lidar com protestos em Hong Kong

O que começou como uma série de protestos contra um projeto de lei se tornou um repúdio ao governo da cidade, com manifestações diárias

Hong Kong: Chefe de polícia aposentado é convocado para lidar com escalada da violência (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Hong Kong: Chefe de polícia aposentado é convocado para lidar com escalada da violência (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2019 às 16h31.

Hong Kong — O comandante de polícia aposentado que acompanhou as manifestações pró-democracia que abalaram Hong Kong em 2014 foi convocado para ajudar a lidar com os protestos violentos das últimas semanas na cidade de controle chinês, disseram duas fontes a par da decisão à Reuters.

As fontes, ambas autoridades de segurança de alto escalão do governo, disseram que o ex-vice-comissário de polícia Alan Lau Yip-shing planeja se reunir com comandantes de alta patente na sexta-feira.

A medida chega antes de mais um final de semana de protestos em toda a ex-colônia britânica, incluindo uma manifestação de três dias no aeroporto internacional, que motivaram alertas de viagens de países como Estados Unidos e Austrália.

"Os protestos e confrontos se espalharam para bairros além daqueles em que a polícia permitiu marchas ou manifestações", disse um alerta publicado no site do Departamento de Estado norte-americano na quarta-feira.

O que começou como uma série de protestos contra um projeto de lei que permitiria que suspeitos fossem extraditados para serem julgados em tribunais da China continental controlados pelo Partido Comunista se tornou um repúdio mais abrangente ao governo da cidade, com manifestações relâmpago quase diárias.

A reconvocação de Lau leva a crer que o governo não acredita que a atual liderança da polícia consiga lidar com a reação, disseram as autoridades de segurança.

Nem a polícia nem o governo de Hong Kong respondeu de imediato a um pedido de comentário.

A polícia vem sendo cada vez mais visada pelos manifestantes, que gritam ofensas aos agentes nas linhas de frente e os atacam em fóruns na internet.

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