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Com PSD, oposição é a menor em 16 anos

Menos de cem deputados restam contra o governo Dilma Rousseff. Maioria dos parlamentares debandou para a legenda nova do prefeito de São Paulo

Somente o presidente Itamar Franco teve uma Câmara tão dócil. Kassab criou um racha no PSDB ao tentar se alinhar com a presidente Dilma (Prefeitura de SP/Divulgação)

Somente o presidente Itamar Franco teve uma Câmara tão dócil. Kassab criou um racha no PSDB ao tentar se alinhar com a presidente Dilma (Prefeitura de SP/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 09h27.

São Paulo - A criação do PSD fará com que a oposição à presidente Dilma Rousseff seja reduzida a menos de cem deputados, um cenário inédito nos últimos 16 anos. Com a debandada de deputados para o partido que abrirá as portas para a adesão ao governo Dilma, a oposição representada por PSDB, DEM e PPS terá somente 96 deputados. Proporcionalmente, a oposição brasileira é menor do que em países vizinhos, como a Venezuela e a Bolívia.

Desde a retomada das eleições diretas, em 1989, somente o presidente Itamar Franco, atual senador pelo PPS de Minas Gerais, teve uma Câmara tão dócil. Naquela ocasião, à exceção do PT, houve uma certa mobilização política para recuperar o País que vinha do impeachment de Fernando Collor (que atualmente também está no Senado). Nos governos de Collor, Fernando Henrique e Lula nunca a oposição ficou restrita a um número tão pequeno como agora. Mesmo em momentos difíceis a oposição chegava a três dígitos.

Na Venezuela, por exemplo, 64 dos 160 deputados da Assembleia Nacional fazem oposição a Hugo Chávez, ou seja, 40% da Casa. Na Bolívia, são 43 oposicionistas na Câmara, representando 32,8% da Casa. No Brasil, os 96 deputados do DEM, PSDB e PPS representam somente 18,7% da Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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