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Com poluição, incêndio em fábrica na China não é percebido

O acidente, ocorrido a cerca de 250 quilômetros de Xangai, demorou tanto a ser detectado que, quando os bombeiros chegaram, necessitaram de dez horas para controlá-lo

Edifícios são vistos em meio a uma neblina pesada causada pela poluição, no distrito central de negócios de Pequim, na China  (REUTERS/Jason Lee)

Edifícios são vistos em meio a uma neblina pesada causada pela poluição, no distrito central de negócios de Pequim, na China (REUTERS/Jason Lee)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 07h02.

Xangai - A poluição que vem afetando nos últimos dias várias províncias chinesas é em alguns lugares tão densa que na noite desta segunda-feira uma fábrica de móveis na cidade oriental de Huzhou pegou fogo e ardeu durante três horas, até que alguém diferenciou a fumaça da poluição e chamou os bombeiros.

Segundo informou a agência "Xinhua", o acidente, ocorrido no condado de Anji, na província de Zhejiang, a cerca de 250 quilômetros de Xangai, demorou tanto a ser detectado que, quando os bombeiros chegaram, necessitaram de dez horas para controlá-lo.

Com isso, foram arrasados 1 mil metros quadrados da fábrica e os móveis que havia nela.

Pequim fechou ontem de maneira temporária mais de uma centena de fábricas, usinas químicas e obras, após três dias consecutivos registrando os piores índices de poluição de sua história.

Não só as províncias próximas à capital, no nordeste, mas também as do leste e do centro-oeste, como Jiangsu, Zhejiang, Anhui e Hebei, além da cidade de Xangai, registraram uma grande piora na qualidade do ar nos últimos dias.

O Governo chinês prometeu ontem que tomará "medidas ativas para continuar controlando" a contaminação do ar, assegurou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei.

Segundo a ONG Greenpeace, só em 2012 os altos níveis de poluição do ar causaram cerca de 8.500 mortes prematuras em várias das principais cidades do país: Pequim, Xangai, Cantão e Xian. 

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