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Com exceção dos EUA, ministros do G7 apoiam Acordo de Paris

Os participantes reconheceram o "papel fundamental" da transição energética por meio do desenvolvimento de tecnologias de energias limpas

Poluição: a reunião dos responsáveis de Energia do Grupo do G7, mais a UE, começou ontem na capital italiana (ChinaFotoPress/Stringer/Reuters)

Poluição: a reunião dos responsáveis de Energia do Grupo do G7, mais a UE, começou ontem na capital italiana (ChinaFotoPress/Stringer/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de abril de 2017 às 13h42.

Última atualização em 31 de maio de 2017 às 17h20.

Roma - Os responsáveis de Energia de todos os países do G7, exceto o dos Estados Unidos, reiteraram nesta segunda-feira em Roma o compromisso com o cumprimento do Acordo de Paris de dezembro de 2015 para limitar o aquecimento global.

Assim ficou demonstrado no resumo dos trabalhos feito pela presidência italiana da reunião, que hoje terminou em Roma sem uma declaração conjunta por conta da posição dos Estados Unidos manifestada pelo representante do país, Rick Perry.

Nesse resumo, o presidente da reunião, o ministro italiano de Desenvolvimento Econômico, Carlo Calenda, disse que Perry informou aos demais participantes que "os Estados Unidos estão em processo de revisão de muitas políticas e que reserva sua posição neste assunto".

"Os outros chefes de delegação reafirmaram o compromisso para a implementação do Acordo de Paris para limitar de maneira efetiva a temperatura global abaixo dos 2 graus centígrados com relação aos níveis pré-industriais", acrescentou a presidência.

O Acordo de Paris foi adotado em dezembro de 2015 por 195 países e a União Europeia e estabelece que se deve ser mantida a temperatura média mundial dois graus centígrados acima dos níveis pré-industriais, além de desenvolver esforços adicionais que façam possível que o aquecimento global não supere 1,5 graus.

Além disso, os outros membros do G7 (Grupo dos Sete países mais industrializados) alentaram as partes assinantes do Acordo de Paris a ratificá-lo e expressaram o compromisso para "acelerar a descarbonização do setor energético".

Os participantes reconheceram também o "papel fundamental" da transição energética por meio do "desenvolvimento de novas tecnologias de energias limpas baseadas no mercado e através de medidas de apoio que não distorçam este".

No resumo de seus trabalhos, a presidência deixou evidente que os participantes desta reunião do G7 Energia consideram que a pesquisa em tecnologias inovadoras é "crucial para o futuro, reconhecendo que o crescimento econômico e a proteção do meio ambiente podem e devem ser conquistadas simultaneamente".

Os líderes reunidos falaram sobre a situação de crise entre Rússia e Ucrânia e reafirmaram que "a energia não deveria ser usada como meio de pressão política e nem como ameaça à segurança " e que as diferenças nesse terreno "devem ser resolvidas através do diálogo baseado na reciprocidade, na transparência e na cooperação continuada".

A reunião dos responsáveis de Energia dos países-membros do Grupo do G7, mais a União Europeia, começou ontem na capital italiana.

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