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Com escalada de conflito com Líbano, Israel diz que Beirute poderia ser uma nova Faixa de Gaza

um ataque do grupo extremista Hezbollah deixou pelo menos 10 civis e sete soldados de israel feridos e provocou reação do governo de Israel

Líbano e Israel: conflito entre o Hezbollah e Israel se intensifica (AFP/AFP)

Líbano e Israel: conflito entre o Hezbollah e Israel se intensifica (AFP/AFP)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 16h29.

Última atualização em 13 de novembro de 2023 às 16h32.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou no último sábado, 11, que o país pode fazer em Beirute, a capital do Líbano, a mesma invasão e ataques que estão fazendo na Faixa de Gaza, após um ataque do grupo extremista Hezbollah deixar pelo menos 10 civis e sete soldados de Israel feridos. "O que podemos fazer em Gaza, também podemos fazer em Beirute", disse o ministro da Defesa.

O governo de Israel considera que o ataque sinaliza uma escalada no confronto. Desde os ataques do grupo terrorista Hamas no dia 7 de outubro, o Hezbollah e o exercício israelense realizam confrontos de artilharia na região que faz fronteira com o Líbano. "Se [o Hezbollah] cometer esses erros aqui, os primeiros a pagar o preço serão os cidadãos libaneses", acrescentou Gallant. O exército israelense já afirmou, em mais de uma oportunidade, que tem capacidade de lutar em duas ou mais frentes de batalha. 

Essa foi a primeira vez que o Hezbollah disparou mísseis antitanque contra uma comunidade israelense próxima à fronteira com o Líbano. Segundo o grupo, o míssil antitanque disparado na Alta Galileia tinha como alvo "uma força logística das Forças Armadas de Israel que queria instalar dispositivos de vigilância". Seis civis ficaram feridos com a ação, entre eles um senhor de 80 anos que está em estado grave. Autoridades locais fecharam vias de acesso ao norte e pediram à população para não sair de casa e buscar abrigo.

Após o primeiro ataque, mais 15 mísseis foram lançados do Líbano em apenas uma hora. Quatro deles foram interceptados e o restante caiu em áreas abertas, afirmaram as Forças Armadas de Israel. Além do Hezbollah, o braço armado do Hamas que atua no país também reivindicou ataques aéreos contra algumas áreas na zona fronteiriça, indicando uma possível ação coordenada. O Hezbollah prometeu continuar a atacar Israel e disse que todas as opções estão abertas caso Israel continue a devastação terrestre em Gaza.

Contra-ataque de Israel

O porta-voz das Forças Armadas israelenses, Daniel Hagari, disse em pronunciamento no domingo, 12, que as forças do país estão focadas nos ataques à Faixa de Gaza, mas que estão em um estado de prontidão "muito elevado no norte", na fronteira com o Líbano. “Os cidadãos do Líbano suportarão o custo dessa imprudência e da decisão do Hezbollah de ser o defensor do Hamas”, afirmou, acrescentando que os militares pretender mudar a maneira como a segurança na região da fronteira é feita.

A reação das Forças Armadas de Israel reagiram atacando alvos do Hezbollah no Líbano. O esquadrão do grupo que disparou o míssil antitanque foi atingido, além de outras infraestruturas militares próximas à fronteira, incluindo um depósito de armas, informou um porta-voz militar israelense. 

Com informações do Estadão Conteúdo e Agência o Globo.

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