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Com disputa no Texas, democratas tem esperança de retomar Senado dos EUA

Os democratas conseguir a maioria do Senado em novembro, com um empate técnico no Texas e disputas acirradas no Arizona e na Flórida

Eleições americanas: os democratas precisam de duas cadeiras a mais para conseguir maioria no Senado (William Philpott/Reuters)

Eleições americanas: os democratas precisam de duas cadeiras a mais para conseguir maioria no Senado (William Philpott/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 11h34.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 17h07.

Nova York - O candidato democrata que busca substituir o republicano Ted Cruz como representante do Texas no Senado dos Estados Unidos apareceu em empate técnico com o adversário na corrida eleitoral, mostrou uma pesquisa da Reuters, aumentando a esperança do partido de oposição de conquistar uma maioria na Casa para frear a agenda do presidente Donald Trump.

Divulgada nesta quarta-feira, a pesquisa Reuters/Ipsos/Centro para Políticas UVA sobre várias disputas para o Senado dos EUA revelou um quadro misto sobre as chances dos democratas de obter as duas cadeiras a mais que os republicanos que precisam para assumir o controle do Senado em novembro.

A sondagem apontou ainda disputas acirradas no Arizona, onde os democratas esperam conquistar um assento ocupado por um republicano prestes a se aposentar, e na Flórida, onde os republicanos tentam tomar o lugar de um democrata.

Muitos acreditam que os democratas enfrentarão dificuldades para obter uma maioria no Senado nas eleições parlamentares de 6 de novembro, já que têm que defender cadeiras em 10 Estados nos quais o republicano Trump venceu na eleição presidencial de 2016. Texas, Flórida, Arizona e Nevada, todos analisados na pesquisa, são quatro das corridas mais acirradas para o Senado.

Entre as esperanças democratas estão o deputado Beto O'Rourke, do Texas, que tem uma vantagem de dois pontos percentuais sobre Cruz entre os eleitores prováveis do Estado, e a deputada Kyrsten Sinema, do Arizona, que tem uma vantagem de três pontos percentuais sobre a congressista republicana Martha McSally na briga pela cadeira do senador Jeff Flake, um dos maiores críticos de Trump dentro de seu próprio partido.

As duas dianteiras estão dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais, o que significa que os candidatos estão angariando aproximadamente o mesmo nível de apoio.

Os resultados mostram que O'Rourke tem chance de se tornar o primeiro democrata a representar o Texas no Senado dos EUA em um quarto de século.

"Existe a possibilidade de acontecer. Eu não disse provável. Mas é possível", disse Larry Sabato, diretor do Centro para Políticas UVA.

As desavenças de Cruz com Trump durante sua campanha mal-sucedida pela indicação partidária em 2016 também o deixaram mal com alguns texanos republicanos, acrescento Sabato, dizendo: "Isso o prejudicou com partes do eleitorado do Texas que ele precisa para se reeleger".

A Pesquisa Reuters/Ipsos/Centro para Políticas UVA foi realizada pela internet em inglês entre os dias 5 e 17 de setembro. Ela entrevistou entre 992 e 1039 pessoas em cada um dos cinco Estados, incluindo a Califórnia, e pesou as respostas levando em conta as estimativas populacionais mais recentes do governo.

A pesquisa também mostrou o governador republicano da Flórida, Rick Scott, com uma vantagem de 1 por cento frente ao senador democrata Bill Nelson. O acento de Nelson é um dos 10 que os democratas estão lutando para manter nos Estados que Trump venceu na eleição de 2016.

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