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Com austeridade, greve espanhola é inevitável, diz sindicato

A opinião é de Ignacio Fernández Toxo, secretário-geral do CCOO, um dos principais sindicatos espanhóis

Espanhóis protestam em Madri: a indignação aumenta no país após o anúncio de novas medidas de austeridade no valor de 65 bilhões de euros (Cesar Manso/AFP)

Espanhóis protestam em Madri: a indignação aumenta no país após o anúncio de novas medidas de austeridade no valor de 65 bilhões de euros (Cesar Manso/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2012 às 09h42.

Madri - Uma nova greve geral "será inevitável" se o governo mantiver as medidas de austeridade para reduzir o déficit público, disse nesta segunda-feira Ignacio Fernández Toxo, secretário-geral do CCOO, um dos principais sindicatos espanhóis.

"O governo tem em suas mãos o poder de evitar. Eu não renuncio à greve porque a sociedade tem o direito à autodefesa. Se o governo forçá-la e obrigá-la a isso, e temo que é o que está fazendo, será inevitável que ocorra", advertiu Toxo à Rádio Nacional da Espanha.

Segundo ele, as manifestações espontâneas, como a organizada na noite de domingo através de diversas redes sociais em Madri, refletem um mal-estar crescente na sociedade "misturado com a indignação".

Depois de considerar que a unidade sindical é "absolutamente imprescindível", Toxo anunciou que "vamos nos reunir com todos os sindicatos, profissionais, confederados e com outras organizações da sociedade civil para promover uma ampla resposta cidadã".

A raiva aumenta na Espanha após o anúncio, na quarta-feira, por parte do presidente do governo de Mariano Rajoy, de novas medidas de austeridade no valor de 65 bilhões de euros, que afeta toda a sociedade, sobretudo por um aumento do IVA.

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