Mundo

ONU cria comissão para investigar violações russas na Ucrânia

No placar, 32 membros do conselho votaram a favor. Índia e China estão entre os que se abstiveram

Posto da guarda de fronteira da Ucrânia destruído por bombardeio na região de Kiev 24/02/2022  (Guarda de Fronteira da Ucrânia/Reuters)

Posto da guarda de fronteira da Ucrânia destruído por bombardeio na região de Kiev 24/02/2022 (Guarda de Fronteira da Ucrânia/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 4 de março de 2022 às 11h44.

Última atualização em 4 de março de 2022 às 11h45.

Com o apoio do Brasil, o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas condenou, nesta sexta-feira, supostas violações cometidas pela Rússia na invasão à Ucrânia. Durante a sessão realizada em Genebra, na Suíça, foi criada uma comissão internacional de inquérito para investigar o caso, incluindo possíveis crimes de guerra.

Trinta e dois membros do Conselho votaram a favor da condenação, 13 se abstiveram e dois (Rússia e Eritreia) foram contra. Entre os que optaram pela abstenção estavam Índia, Bolívia, China, Cuba, Venezuela, Camarões e Cazaquistão.

— Aqueles da Rússia que dirigem e cometem violações contra meu povo deveriam prestar atenção. As provas serão coletadas — declarou a embaixadora da Ucrânia nas Nações Unidas em Genebra, Yevheniia Filipenko, após a reunião.

Mais cedo, a diplomata ucraniana disse ao Conselho que havia "provas irrefutáveis de violações grosseiras e sistemáticas dos direitos humanos, bem como crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos pela Rússia". Já o representante de Moscou, Evgeny Ustinov, afirmou que os apoiadores da resolução "usarão qualquer meio para culpar a Rússia pelos eventos na Ucrânia".

Acompanhe tudo sobre:Direitos HumanosONURússiaUcrânia

Mais de Mundo

Incêndios devastam quase 95 mil hectares em Portugal em 5 dias

Relatório da ONU e ONGs venezuelanas denunciam intensificação de torturas nas prisões do país

Edmundo González, líder opositor venezuelano nega ter sido coagido pela Espanha a se exilar

A nova fase da guerra e a possível volta do horário de verão: o que você precisa saber hoje