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Colômbia termina contrato com Odebrecht para projeto fluvial

Governo colombiano também afirmou que irá lançar uma nova licitação e transferir a obra para outra empresa

Odebrecht: anulação do contrato foi determinada depois que a empreiteira não conseguiu apresentar garantias financeiras para desenvolver o projeto (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Odebrecht: anulação do contrato foi determinada depois que a empreiteira não conseguiu apresentar garantias financeiras para desenvolver o projeto (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 08h16.

Bogotá - A Colômbia terminou um contrato 850 milhões de dólares com o consórcio Navelena, liderado pela Odebrecht, para a recuperação da navegabilidade do rio Magdalena, informou o governo colombiano na quinta-feira, acrescentando que irá lançar uma nova licitação e transferir a obra para outra empresa.

"Estamos cumprindo com o país com a assinatura no dia de hoje desta liquidação tão esperada do contrato com o Navelena, para poder assim avançar com decisão para a transferência para um novo projeto de recuperação do nosso rio Magdalena", disse a jornalistas Alfredo Varela De la Rosa, diretor da agência responsável pela administração do Rio, a Cormagdalena.

O governo da Colômbia havia declarado o contrato nulo em abril, mas só conseguiu assinar o ato de liquidação bilateral quase seis meses depois.

A anulação do contrato foi determinada depois que a Odebrecht, que tinha 87 por cento do consórcio Navelena, não conseguiu apresentar garantias financeiras para desenvolver o projeto nem transferir sua participação para outra empresa, em meio a acusações de corrupção na Colômbia e em outros países da América Latina após a deflagração da operação Lava Jato no Brasil.

Na Colômbia, a Odebrecht é acusada de ter feito pagamento de propina de mais de 27 milhões de dólares para a obtenção de contratos públicos, o que levou à prisão ex-funcionários públicos e políticos, além de ter respingado nas campanhas do presidente Juan Manuel Santos em 2010 e em 2014.

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