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Colômbia terá 2º turno de eleição presidencial, com acordo de paz em risco

O candidato Ivan Duque quer revisar o acordo de paz de 2016 com as Farc, retirando a imunidade concedida a condenados por crimes

Eleições: o candidato de direita, Ivan Duque, é uma ex-autoridade de 41 anos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, e foi o vencedor do primeiro turno (Nacho Doce/Reuters)

Eleições: o candidato de direita, Ivan Duque, é uma ex-autoridade de 41 anos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, e foi o vencedor do primeiro turno (Nacho Doce/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de maio de 2018 às 08h33.

Última atualização em 28 de maio de 2018 às 08h40.

Bogotá - A Colômbia está a caminho de sua disputa presidencial mais acirrada em décadas, depois que o candidato de direita Ivan Duque venceu o primeiro turno da votação no domingo e irá para um segundo turno contra o político de esquerda Gustavo Petro, que prometeu rever um histórico acordo de paz e reformas pró-mercado.

Essa foi a primeira vez na história moderna do conservador país sul-americano que um candidato de esquerda chega ao segundo turno de uma eleição presidencial, uma perspectiva que tem assustado investidores da quarta maior economia da América Latina nas últimas semanas.

Duque, uma ex-autoridade de 41 anos do Banco Interamericano de Desenvolvimento, foi o vencedor do primeiro turno com 39 por cento dos votos, à frente de Petro, ex-prefeito de Bogotá, com 25 por cento, em linha com o previsto em pesquisas de intenção de voto.

Entretanto, a promessa de Duque de revisar o acordo de paz de 2016 com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) retirando a imunidade concedida a condenados por crimes tem preocupado muitos colombianos, desgastados após cinco décadas de conflito que mataram mais de 200 mil pessoas.

 

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